Por Genaldo de Melo

Formar opinião na sociedade
brasileira com apenas a verdade dos fatos sempre foi de uma dificuldade que
ultrapassa os limites da compreensão de alguns que tentam, principalmente
quando se sabe que a maioria dos brasileiros não costuma ler todos os lados dos
fatos porque na grande maioria das vezes não tem tempo, pois trabalham noite e
dia para sustentar suas famílias, bem como não tem recursos financeiros
suficientes para serem consumidores de mídia.
No Brasil as pessoas
consomem apenas as informações socializadas a partir de lentes marrons das
eminências pardas localizada no Jardim Botânico e nas revistas do lixo cultural,
e do mesmo modo apreendendo as informações distorcidas dos preguiçosos de
plantão de rádios e jornais regionais que apenas repassam o que os mentores do
Instituto Millenium apresentam como verdades absolutas. O fato é exatamente
este: o povo não tem acesso às informações políticas como elas realmente
acontecem, mas como os assalariados das famílias donas dos meios de comunicação
querem que sejam consumidas a partir de suas opiniões pessoais sobre os temas
em voga.
Por que entendemos isso como
consumidores de mídia que somos das versões dos fatos, das mais variadas formas
ideológicas repassadas para o público em geral pelos chamados formadores de
opiniões? Porque exemplos não faltam nos tempos recentes de como a mídia
tradicional e conservadora tenta de todos os modos partidarizar seus interesses
econômicos e políticos, entendendo ela que a turma de Lula e Dilma é quem
atrapalha esses interesses. Contra Lula inventaram uma festa de um sobrinho escandalosa;
contra Dilma criaram um tal de crime de responsabilidade que provado está que
não existe; contra Genoíno, transformaram o homem num bandido, e agora vem o
perdão dele pelo STF, e parece que ninguém dessa turma do Jardim Botânico não
vai falar nada.
Como inimiga absoluta de
Lula, a família Civita através de matéria em sua revista semanal de Brasília
assinada pelo jornalista Ullisses Campbell, escandaliza a sociedade brasileira
com uma das mais “lavadas” mentiras dos últimos tempos. Em sua matéria intitulada
de “Celebração estrelada” do dia 18 de fevereiro o jornalista incita os seis
leitores contra a imagem do ex-presidente Lula, dizendo que fizeram uma
festança para um sobrinho dele e pagaram com dinheiro vivo no valor de R$ 220
mil ao bufê Aeropark. Depois que colocou parcela do povo que sem dinheiro não
tem como consumir jornalismo de qualidade contra Lula, e descobrindo depois que
a matéria foi mentirosa, aparecem com uma pequena nota do dia 02 de março
último assumindo que errou ao fazer isso. O que é isso senão o pior tipo de
jornalismo que se julga jornalismo político? Isso é o péssimo Jornalismo da
Obediência, o jornalismo da fofoca e da intriga pública.
No mesmo modus operandi desde
que começou o segundo mandato de Dilma Rousseff que a máquina da imbecilidade
localizada no Jardim Botânico do Rio de janeiro vem colocando os brasileiros
contra a presidente, procurando de todas as formas imputar a mesma o crime de
responsabilidade pelos atos de corrupção causados por bandidos contra a
Petrobrás. Como muita gente não tem acesso a outras fontes de informações além
dessas repassadas de forma irresponsável, mesmo quem votou em Dilma está
começando a acreditar nisso como verdade absoluta. Tudo não passa na verdade de
jornalismo goebbeliano e de péssima qualidade, pois segundo outro jornalismo
marrom, a Folha de São Paulo, do dia 05 de março, o Procurador-Geral da República
Rodrigo Janot já pediu ao STF o arquivamento de investigação contra Dilma, pois
não existe nenhum indício de sua participação naquela canalhice da Petrobrás,
que esse tal de jornalismo político tenta a todo custo criminalizá-la por isso,
e convencer aos brasileiros que somos incompetentes e que temos que apoiar a
venda da empresa e rever a forma da partilha do Pré-sal para beneficiar empresas
estrangeiras.
Outra grande sacada desse
Jornalismo da Obediência tem sido o assassinato de reputações de personagens
que tem se destacado na política brasileira como representante da esquerda. Acabou
com a reputação que era conhecida no Brasil como ilibada do ex-deputado federal
José Genoíno, e agora o Supremo Tribunal Federal acaba por unanimidade de extinguir
sua pena. Vamos ver se esse jornalismo marrom como representante do bom jornalismo
que dizem representar vai apresentar algumas matérias positiva para que a
sociedade brasileira conheça os motivos reais de sua liberdade total, já que acabaram
com sua imagem transformando-o num bandido público.
Pois bem, formar opinião no
Brasil não é realmente fácil quando a verdade sempre está em segundo plano. Porque
enquanto o povo brasileiro não tem nem tempo nem condições para consumir
jornalismo de qualidade a televisão aberta no Brasil e o jornalismo impresso de
lixo cultural vai sempre apresentar de forma goebbeliana os fatos como eles
querem que o povo saiba. Os escândalos da sociedade brasileira são escancarados
em público quando são coordenados por indivíduos sem escrúpulos mais ligados
aos partidos de matriz ideológica de esquerda. Os escândalos políticos dos
grupos conservadores e representantes da pequena minoria desse país somente
aparecem em pequenas notinhas de jornais do meio-dia e cantinhos de páginas de
papel podre.
Comentários
Postar um comentário