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A esquerda precisa de Lula

Por Genaldo de Melo
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São os interesses pessoais, particulares e corporativos que colocam em coalizão para o fim qualquer projeto político de poder hoje no Brasil. É por causa de projetos particulares, que mesmo que a esquerda brasileira tenha a condição política de competente, mas a sua “coordenação” política assume o rosto de incompetente. São os interesses particulares, até mesmo economicistas, que estão “endireitando” o Brasil, ou seja, deixando grupos políticos da direita, que deixaram de fazer política, a voltar a fazer política, com apoio do empresariado e da mídia do Jornalismo da Obediência no Brasil.

Não estamos na mesma condição de gente nas ruas solicitando impeachment de Dilma Rousseff como aconteceu em 1992 com o ex-presidente Fernando Collor. Estamos vendo naturalmente, e na base das forças “abertas” do Quarto poder, a condição da derrubada de um Governo que abandonou o discurso radical contra o Consenso de Washington para fazer um Estado amplo e para todos, empresários e trabalhadores.  Pois de forma incompetente a “coordenação” da esquerda brasileira deixou a direta brasileira chegar aonde chegou, fazer política utilizando exatamente o discurso daquilo que sempre foi a prerrogativa de sua existência, a corrupção.

Escancarou-se de vez! A mídia brasileira tem lado, ou seja, utilizando-se da prerrogativa do poder que tem nas mentes dos brasileiros não quer e não deseja mais a continuidade desse projeto político que colocou o Brasil na condição de sexta economia mundial, literalmente aumentou os cofres das principais empresas nacionais, e ao mesmo tempo, distribuiu renda para os brasileiros. Para a “coordenação” da direita brasileira, preocupada apenas com seus cofres particulares, a meta é defender, e sempre vai defender, a tese do Estado Mínimo, e do Dólar e do Euro fortes.

Colocar gente nas ruas como a direita está colocando é fácil, porque quem está indo às ruas não são as pessoas que precisam de um Estado forte e para todos, são exatamente as pessoas que querem de fato o Estado apenas para os 10% da população que ainda não compreendeu que somos todos mais de duzentos milhões de brasileiros. Ou a “coordenação” da esquerda brasileira aprende que deve voltar a fazer política e não ficar alguns tomando uísque final de semana, ou então que desista da política e deixe isso para os novos filhos das raposas que defenderam em passado recente a ditadura militar no país, posta em prática de forma desastrosa.

Vai ser difícil sem a Rede Globo e seus tentáculos regionais colocar gente nas ruas para defender o contragolpe ao golpe político dos “sem votos”, defender a manutenção de um Estado para 100% do povo brasileiro, convencer o povo de que o pré-sal deve ser do Estado brasileiro, e que essa proposta que está no Senado Federal, a MP 131, nada mais é do que diminuir o Brasil e aumentar o comando exterior sobre nossa economia.

Muito difícil mesmo defender esse projeto de Brasil para todos, quando se sabe que grande parcela que hoje coordena a esquerda brasileira foi mordida pela “Mosca Azul”! E que naturalmente também ninguém leva ninguém nos braços para o Palácio do Planalto, pois só acontece isso com voto ou com golpe. Ou acorda ou morre! Ou Viva o Brasil, ou Viva as águias de cores listradas!


A saída é colocar mais gente nas ruas para defender o Governo e o projeto político em andamento, defender a tese do Estado mais forte, e convencer Lula a ser ministro, principalmente num posto de articulação que possa utilizar sua força política, seu prestígio junto aos ainda aliados, e melhorar a condição política do Governo. Mais precisamente dizendo, é preciso que Lula volte a coordenar a esquerda brasileira, pois de gente fraca o balaio já está cheio.

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