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Falam em nome de Jesus e envergonham seus fiéis

Por Genaldo de Melo
Imagem de arquivo mostra exemplar de lobo correndo na região da Sibéria, em 2010. Região da Iakútia abrirá temporada de caça aos lobos ainda este mês para reduzir ataques a outros animais (Foto: Alexey Gromov/AFP)
Nos últimos tempos uma verdadeira “alcatéia” de indivíduos que deveria ser reserva moral para o resto da sociedade, quando está em plena participação no mundo político, na verdade tem feito vez e voz de uma vergonha sem limites, com envolvimento direto nos mais estapafúrdios esquemas de coisas erradas e corrupção. Estes são alguns dos pastores evangélicos que utilizando da capacidade de liderar religiosamente pessoas, que como Tolstoi dizia, precisam de religião, simplesmente utilizam essa capacidade para representar os interesses mais mesquinhos da natureza humana de que estão imbuídos no mundo político.

Nessa coleção existem dois tipos desses elementos que utilizando o bom nome de Jesus envolvem-se na política não para representar a coletividade, ou mesmo representar um projeto de sociedade que seja melhor para todos como pregam em seus altares, mais simplesmente para enriquecer às custas do dinheiro público ou privado de financiamentos eleitorais.

O primeiro deles é formado por aqueles que têm a capacidade de atuarem politicamente nos bastidores dos partidos políticos, ou até mesmo tornarem-se representantes das agremiações religiosas dentro dos parlamentos. Porém estes na sua grande maioria são bons de urna e não dependem de ninguém além de fiéis “cegos”, para representar apenas seus interesses particulares e envergonharem os evangélicos que são sérios nesse país.

O segundo é formado por aqueles pastores de pequenos rebanhos de cristãos de comunidades pobres, que não entendem de nada da política, bem como do funcionamento das máquinas partidárias, mas que em todas as eleições eles aparecem como os grandes caçadores de votos para eleger os candidatos com condições potenciais de se alçarem à vitória nos outubros da vida, e que têm condições de contribuírem com seus templos e com seus bolsos.

Em ambos os casos representam uma verdadeira vergonha para o mundo político, que há muito tempo tenta combater um dos maiores males das sociedades humanas que é a corrupção. Mais vergonhoso ainda é que eles esbravejam em seus altares o nome sagrado de Jesus, prometendo sempre paraísos que eles nem sabem se existem, em nome do dinheiro particular de quem trabalha e inocentemente acredita nos mesmos. Na sua grande maioria são verdadeiros enganadores, pois nem os votos deles mesmos sabem em quem colocarão nas urnas.

Porém como em todas as eleições a coisa se repete como no eterno retorno de Nietzsche! E nesse ano ambos os personagens citados aqui vão de novo aparecer utilizando de novo o santo nome de Jesus, e de novo convencer os mais fracos intelectual e politicamente de que seus representantes, ou eles mesmos serão os salvadores de todos nas câmaras de vereadores do Brasil. É uma pena e uma vergonha para o povo, mas isso não passa da mais pura verdade!

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