Por Genaldo de Melo

Nos últimos tempos
uma verdadeira “alcatéia” de indivíduos que deveria ser reserva moral para o
resto da sociedade, quando está em plena participação no mundo político, na
verdade tem feito vez e voz de uma vergonha sem limites, com envolvimento
direto nos mais estapafúrdios esquemas de coisas erradas e corrupção. Estes são
alguns dos pastores evangélicos que utilizando da capacidade de liderar
religiosamente pessoas, que como Tolstoi dizia, precisam de religião,
simplesmente utilizam essa capacidade para representar os interesses mais
mesquinhos da natureza humana de que estão imbuídos no mundo político.
Nessa coleção existem
dois tipos desses elementos que utilizando o bom nome de Jesus envolvem-se na
política não para representar a coletividade, ou mesmo representar um projeto
de sociedade que seja melhor para todos como pregam em seus altares, mais
simplesmente para enriquecer às custas do dinheiro público ou privado de
financiamentos eleitorais.
O primeiro deles é
formado por aqueles que têm a capacidade de atuarem politicamente nos
bastidores dos partidos políticos, ou até mesmo tornarem-se representantes das
agremiações religiosas dentro dos parlamentos. Porém estes na sua grande
maioria são bons de urna e não dependem de ninguém além de fiéis “cegos”, para
representar apenas seus interesses particulares e envergonharem os evangélicos
que são sérios nesse país.
O segundo é formado
por aqueles pastores de pequenos rebanhos de cristãos de comunidades pobres,
que não entendem de nada da política, bem como do funcionamento das máquinas
partidárias, mas que em todas as eleições eles aparecem como os grandes
caçadores de votos para eleger os candidatos com condições potenciais de se
alçarem à vitória nos outubros da vida, e que têm condições de contribuírem com
seus templos e com seus bolsos.
Em ambos os casos
representam uma verdadeira vergonha para o mundo político, que há muito tempo
tenta combater um dos maiores males das sociedades humanas que é a corrupção.
Mais vergonhoso ainda é que eles esbravejam em seus altares o nome sagrado de Jesus,
prometendo sempre paraísos que eles nem sabem se existem, em nome do dinheiro
particular de quem trabalha e inocentemente acredita nos mesmos. Na sua grande
maioria são verdadeiros enganadores, pois nem os votos deles mesmos sabem em
quem colocarão nas urnas.
Porém como em todas
as eleições a coisa se repete como no eterno retorno de Nietzsche! E nesse ano
ambos os personagens citados aqui vão de novo aparecer utilizando de novo o
santo nome de Jesus, e de novo convencer os mais fracos intelectual e
politicamente de que seus representantes, ou eles mesmos serão os salvadores de
todos nas câmaras de vereadores do Brasil. É uma pena e uma vergonha para o
povo, mas isso não passa da mais pura verdade!
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