Por Genaldo de Melo
Diz axioma popular de que o que vale mais nas
relações humanas inicialmente é o que causa a primeira impressão. E confesso
que a primeira impressão que tive de Marina Silva não foi nada boa. E não foi
nada recente, pois foi de 2003 quando ela era petista e Ministra do Meio
Ambiente, há mais de 10 anos atrás, quando fui pela primeira vez prestar
serviços de assessoria na condução do Grito da Terra Brasil, representando o
Estado da Bahia em Brasília. O que pensei inicialmente dela se fosse falar hoje
nesse contexto de rotulações e de ódio teria problemas, porque mais que nunca
hoje o homem se perde na palavra, como alardeava o Ábade Dinouart.
Ela que deveria ser exatamente
diferente e tratar todo mundo bem, tratava depois do poder, e da mordida da
mosca azul, as pessoas como se fossem meros beócios, que quando a procuravam
não era para ela cumprir com suas obrigações políticas, mas para ela
fazer favores, no sentido mais literal da palavra. Ela era diferente, pois quem
quisesse falar com ela, tinha que esperar as horas que ela mesma definia como
necessário. E foi assim, que esperei quase um dia inteiro com a turma da CONTAG
para ser atendido pela deusa verde do Acre.
Escondida como sempre, sem querer ter nenhuma
responsabilidade política com seus mais de vinte milhões de eleitores,
aparecendo somente quando a conveniência pessoal falava mais forte, ela agora
depois que queimou as velas do navio está sendo obrigada pelos seus cegos fiéis a definir (como todos os que querem ser candidatos pelo seu partido na
planície) sua candidatura à Presidência da República em 2018. Arrogante,
orgulhosa e principalmente mal agradecida com seus padrinhos políticos do
passado (Chico Mendes, Lula, e outros), agora ela está sendo obrigada por
natureza a ser candidata, e pronto!
Brincou com fogo, queimou as mãos e agora não
tem mais jeito. É candidata, e deve lançar logo seu nome à Presidência da República,
porque senão até o mês de março próximo uma debandada natural acontecerá, pois
seus seguidores, apesar de lhes confiarem a vida política até então, não querem
mais arriscar o que tem por alguém que desaparece na hora do necessário, e
somente aparece na hora da conveniência. Ou Marina acorda para perder com dignidade, ou
Marina acorda sem nenhum capital político. Escolheu isso, porque quis!
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