Por Genaldo de Melo


Com
a iminente ameaça da aprovação da desastrosa PEC 287, que visa mudar as regras
das aposentadorias no Brasil, quem provavelmente vai mais perder com isso são
os trabalhadores e trabalhadoras rurais que em sua grande maioria não dispõe de
uma renda fixa como os trabalhadores urbanos.
E
não tem outro jeito para que essa parcela da população possa levantar sua voz
de forma urgente, consciente e contundente, senão os movimentos sociais do
campo, representantes legítimos da luta desse povo, tomar a vanguarda da luta
contra a famigerada PEC do (des) governo de Michel Temer.
Os
trabalhadores e trabalhadoras do campo, em sua grande maioria, nem sabem do que
se trata essa reforma da Previdência, e nem mesmo consegue ter informações
concretas sobre o assunto, porque as fontes de informações que a grande maioria
tem são dos papagaios de plantão que repetem pelos mais variados cantos do país
as vozes da Rede Globo de Televisão.
A
proposta é de uma agressão sem limites contra o homem e a mulher do campo,
principalmente os nordestinos que enfrentam longas estiagens, sem nem mesmo ter
garantias de pequena produção de subsistência. É uma agressão que vai
ultrapassar os limites do que pode ser compreensível, caso seja aprovado da
forma que Temer e Henrique Meirelles estão apresentando.
Do
jeito que eles querem aprovar a PEC 287 voltaremos ao tempo dos personagens de
João Lins do Rego, Raquel de Queiroz e Graciliano Ramos, em que o Brasil era o
país dos velhos coronéis, porque os trabalhadores que não dispõem do mínimo
para sobreviver, devem começar a pagar a previdência para se aposentarem, e
isso vai colocar mais de três quartos dos brasileiros que vivem no campo hoje
para não mais se aposentarem em vida.
Esse
grupo que está dirigindo o país nesse sentido, de procurar retroceder anos e
anos ao passado, quando o Brasil era atrasado e colonizado, está literalmente
brincando com fogo e chamando os movimentos sociais para uma briga sem limites
e sem tamanho. E como não existe mais tempo, é preciso que os atores sociais e seus
aparelhos privados de hegemonia tomem posição para a batalha, para o povo do
campo ir junto na luta em defesa de seus direitos. E logo!
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