Pular para o conteúdo principal

Recado a meu primo que acha que vive sozinho no mundo

Por Genaldo de Melo
A imagem pode conter: desenho
Sempre defendi a tese de que nosso mundo deve ser construído para que possamos todos, independente do que pensamos e defendemos no dia a dia, conviver mesmo que na diversidade. Isso deve ser tratado como seriedade, tanto do ponto de vista religioso e cultural como também político, porque o mundo não vai deixar de existir somente porque alguém não concorda, a até mesmo prega o ódio contra o que você defende.

Mesmo depois de tantos avanços científicos e tecnológicos que provam que somos diferentes dos bárbaros do passado, mesmo que tantos de nós tentemos pregar para que a paz seja a voz e a vez entre todos, porque ninguém é robô e nem foi feito em série, algumas pessoas insistem em odiar as outras simplesmente porque as outras pessoas não comungam das mesmas idéias delas.

Não importa se o indivíduo pertence a tal religião, torce por tal time de futebol, faz parte de tal grupo social definido, se defende qualquer partido político independente da composição ideológica, ou se pertence a qualquer classe social, pois o que define realmente o ser humano ainda continua sendo a cor do sangue em todos. Não adianta odiar o fascista, o capitalista, o socialista ou o comunista, só porque eles defendem as suas idéias, pois o que importa é que cada um defenda suas idéias, mas respeite a opinião dos outros, porque a sociedade nunca foi e nunca será aquela do Admirável Mundo Novo de Huxley. Rotulem as pessoas, mas elas não deixarão de ser seres humanos!

A coisa do ódio que foi provocada pela imprensa tradicional no Brasil, que não concorda que a maioria possa definir quem governe o país, se tornou tão grande, que até mesmo nosso perfil de Facebook temos que vigiá-lo, porque alguns limitados, humana e intelectualmente de plantão, não respeitam a opinião diversa dos outros. Alguns simplesmente pregam o discurso do ódio como se fossem viver sozinhos no mundo. 

Maquiavel, o maior dos seres humanos que definiu o poder como ele é, ensina que a prudência consiste em reconhecer as qualidades dos inconvenientes, e não se conhece ninguém na face da terra que não seja inconveniente em alguma coisa quando nossos interesses particulares estão em jogo. Parafraseando Einstein “a menor distância entre dois pontos ainda não é a linha reta”. 

É muito mais saudável o respeito às opiniões contrárias para o coração do que ficar tomando carvedilol e Enalapril com medo de morrer de ódio. Deixe eu pensar do jeito que eu penso para respeitar o jeito que você pensa, meu caro primo!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LITERATURA

 

A cada dia aumenta o número de pré-candidatos em Feira de Santana, agora é Dilton Coutinho

Por Genaldo de Melo Mais um nome entra na fogueira das discussões e cogitações para ser candidato ao Paço Municipal em Feira de Santana, e o assunto não deixa de ser cogitado hoje em rodas de conversas, jornais, sites e blogs, além do mundo política da cidade. Dessa vez surge como candidato o radialista Dilton Coutinho, nome bastante conhecido nos meios de comunicação local. Ontem em entrevista no seu programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira FM o deputado federal Fernando Torres (PSD) disse ser pré-candidato a prefeito, mas caso Dilton resolva ser do mesmo modo, ele oferece seu partido para abrigar o comunicador como candidato: “Eu sou pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, mas se você for Dilton Coutinho eu abro mão. O PSD está a sua disposição amigo Dilton Coutinho”, disse Fernando Torres, presidente do PSD no município. Do mesmo modo a discussão apareceu ontem na Câmara de Vereadores pela vereadora Eremita Mota (PDT e pelo vereador David Neto (PTN).

A verdade sobre o esvaziamento das palavras golpe e "Fora Temer"

Por Genaldo de Melo Com a falta de povo nas ruas a mídia trabalha constantemente o esvaziamento do sentido real da palavra "golpe" que está acontecendo de fato.  A palavra "golpe" repete-se, repete-se, e repete-se como um mantra que perdeu o significado.  Num momento tão crucial como este, em que o projeto de governo eleito pelo voto democrático está sendo trocado por outro completamente diferente e que não passou pelo crivo das urnas, substituíram as grandes mobilizações de massa pela ação individual alegórica, pois se pulverizou a indignação popular apenas na palavra “golpe” nas redes sociais e em cartazes.  É impossível não notar que isso ocorre ao mesmo tempo em que a tradicional mídia jornalística trocou a aguerrida cobertura dos acontecimentos econômicos e políticos por um atual tom de meras trivialidades.  Quem acompanha o noticiário político e econômico não deixou de perceber que a mesma indignação que impulsiona inúmeras matérias jornalísti...