Por Genaldo de Melo

O que leva uma pessoa considerada e definida como formadora de opinião na sociedade mudar sua própria opinião em relação a temas espinhosos como a velocidade do vento? Não ter opinião própria apesar de demonstrar que tem, mas ter e reproduzir apenas a opinião do patrão, ou seja, ser assalariada.
Trata-se aqui do caso da mulher que apesar de demonstrar expertise em matéria de economia, nunca foi nem mesmo mencionada para ser ministra de qualquer governo, Miriam Leitão. Com seus patrões da Globo empenhados vinte e quatro horas em manter uma narrativa fantástica da intervenção militar no Rio de Janeiro, e ela como empregada deles também comprometida, agora diz que o chefe da operação, o general Braga Netto, é autoritário.
Não é novidade nenhuma a dubiedade dessa analista de balcão a mudança de comportamento e de opinião, mas choca pela rapidez como ela se presta ao papel de representar o contraditório de seus patrões, para tentar dá um ar de imparcialidade da Rede Globo, em relação a tudo aquilo que ela defende com unhas e dentes para o Brasil dela.
Com a Rede Globo de forma escandalosa defendendo um imbróglio que todos sabem que tem tudo para dá errado, porque forças letais do Exército não sabem fazer trabalho de investigação e de força policial, a fada da economia do Jardim Botânico resolve ser o contraponto disso tudo.
Acusa o general Braga Netto de autoritarismo, porque ele quer que as perguntas das entrevistas feitas com ele sejam feitas por escrito. Ora, mas não foi ela mesmo e a Rede Globo que defenderam e defende o tempo todo o estado de exceção com a perigosa noção de administração das coisas públicas feita por militares? Parece coisa de doente!
Se a partir da semana que vem ela mudar de opinião de novo, pode ter certeza que vai virar inimiga de Marina Silva, que muda de opinião como mulher rica que não trabalha muda de sapatos de luxo.
Pelas entrelinhas de seu artigo publicado no jornal de seus chefes (O Globo), em que manda o recado ao general e suas tropas de que nem tudo são flores como eles pensam, ela também resolve que deve ser a grande conselheira da própria intervenção militar, pois “o sucesso do general e de suas tropas depende do bom relacionamento com a comunidade do Rio e com a comunidade das favelas”. Que inteligência, nem mesmo Sun Tzu...!
Comentários
Postar um comentário