Por Genaldo de Melo

As
eleições estão se aproximando mais uma vez
com o povo sempre “bestializado”, acreditando que a política é somente o
belo
encanto da festa da democracia das urnas, enquanto que figuras estranhas
começam a sair dos bueiros humanos como os grandes salvadores da pátria,
aqueles que quando não propõem eles mesmos mudar o mundo, trazem para
apresentar à população candidatos desconhecidos, mas com rostos, gestos e
esperanças plenas
de que dessa vez homens sérios serão eleitos.
Não precisa caminhar para muito longe para se
ver logo de frente essas figuras públicas que falam pouco o nome de Cristo, mas
até demais o nome de Tifon Baphomet. São determinados pastores evangélicos que
passam o tempo todo esbravejando discursos moralistas durante o tempo em que os
vencedores das eleições fazem de fato política e pisam nos interesses dos
cidadãos, mas que aparecem sempre nas eleições diante de um público de memória
curta.
A maioria desses pastores, principalmente das
correntes neopentecostais da chamada Teologia da Prosperidade, não são políticos no sentido literal da palavra, são
politiqueiros interesseiros e oportunistas, que não angariam votos de cidadãos que querem
compromissos com seus representantes, angariam votos por dinheiro. Esses pastores, como salvadores da pátria são
verdadeiros negociantes de votos em épocas de eleição.
Coitado do candidato que não tiver dinheiro
suficiente para pagar os pacotes propostos por esses “proprietários” de almas
humanas, que não estudam e não lêem nada além de traduções tortas e padronizadas
do Evangelho de Cristo. Quem não tiver dinheiro não representa o bem na
política para eles, representa o maldito satanás!
Por
mais que se diga aos cidadãos que eles
estão sendo enganados, não se consegue convencer, porque a grande
maioria dos evangélicos
neopentecostais estão na condição de escravos espirituais dos interesses desses
malévolos e falsos
pastores, que sabem falar bonito e utilizar emocionalmente os púlpitos
das
salas locais chamadas de templos espirituais. É da condição humana, como
dizia Tolstói, a necessidade de religião, mas é da condição do maldade
humana confundir
a religião com a política, e sempre escolher os piores nomes por
dinheiro para
poucos.
Quem somos nós, que compreendemos essa distorção
de valores e enxergamos a presença constante nos períodos eleitorais dessas pragas
chamadas de pastores de almas, para tentar resolver esse problema, que é
sociológico? Meros observadores de almas que estão sendo enganadas e
intoxicadas “espiritualmente", mas não podemos fazer muito porque não temos tempo, nem certos dons, para
assumir a condição de verdadeiros pastores. E assim caminha a humanidade!
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