Por Genaldo de Melo

O Brasil indiscutivelmente é
o país da diversidade e de valores múltiplos, e não pode ser considerado
diferente, dadas as premissas existentes que comprovam isso. Desse modo, não
pode existir espaços para atores de fundamentalismos religiosos e políticos,
pois cada brasileiro no direito que reside na lei pode ser o que quiser, desde
é lógico que respeite o direito dos demais.
Por isso, que houve tanto
rebuliço em torno da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos
Deputados, no ano passado, quando assumiu a sua presidência o deputado federal,
Marcos Feliciano (PSC-SP). A opinião do mesmo segundo seus valores, ou até mesmo
por conveniência política, é a mais correta do mundo, ou seja, todos estão
errados e somente ele está certo. Que opinião religiosa é essa dele que somente
ele com suas posições vai para o céu, e o resto é do Baphomet?
O que são direitos humanos mesmo?
Um paradigma sobre os demais paradigmas e posições na sociedade? Pergunto isso
porque depois de toda essa confusão, aparece agora o deputado federal Jair
Bolsonaro (PP-RJ), na sua arrogância querendo presidir uma Comissão Parlamentar do nível
de importância da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.
Agora a coisa pode ser mais
complicada, pois ele pode utilizar aquele espaço para politizar seus interesses
sobre a parcela mais conservadora e falsa da nossa sociedade. Exatamente aquela
que prefere esconder a verdade dos fatos, em vez de assumi-las de fato. Pois o
Brasil é diverso por natureza!
Se o deputado pastor Marcos Feliciano
era ruim, com esse rapaz de opiniões pessoais controversas será pior, e para o
Brasil inteiro, diga-se de passagem. Não tenho que falar mais nada, é melhor
mesmo o PT assumir essa cadeira, porque será uma grande vergonha para nosso
país ter na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados um
moço que por suas opiniões já deixou claro para o país que é estreito, e acha
que vive sozinho com seu grupinho no mundo. Todo mundo sabe o que esse rapaz
faz com sua arrogância e sua língua na tribuna da Câmara, pelo amor de Deus!
Não concordamos com muita
coisa mesmo, mas vivemos numa sociedade diversa regida por leis diversas, que
nos garante ter opinião própria, mas respeitando sempre a opinião dos outros. Vivemos
em sociedade democrática, em que fazemos coisas que muita gente não concorda,
mas respeita e aceita, porque somos livres para isso, dentro das regras da boa
convivência que nos assiste.
Não vou falar o que acho
desse rapaz exatamente porque minha opinião sobre ele somente cabe a mim e pode
agredir quem concorda cegamente com ele. É melhor assim, alertar quem me ouve
do perigo desse moço em tão importante Comissão Parlamentar, e dizer que o
desprezo é amais política das vinganças.
Mulheres, negros,
homossexuais, índios e brancos pobres, tomem cuidado pelo que pode vir por aí!
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