Por Genaldo de Melo
Precisa-se no Brasil que
apareça um deputado com sangue no olho, ou mesmo um grupo político que não
tenha medo de arriscar seu capital político, para apresentar no Congresso
Nacional projetos de leis que busquem acabar com o vandalismo e a anarquia
solta nas manifestações de rua.
Sindicalistas sérios e
lideranças que coordenam movimentos populares e sociais sérios com pautas de
reivindicações centradas nunca usaram máscaras ou instrumentos que matam
pessoas, como o que aconteceu recentemente com a morte do cinegrafista carioca,
que o jornalismo da obediência realmente transformou em espetáculo vinte e
quatro horas, até a prisão do rapaz que acendeu o rojão da fatalidade.
Manifestar-se politicamente
nas ruas é um direito inalienável de qualquer cidadão ou grupo organizado da
Sociedade Civil. Mas quem é sério quer mesmo é mostrar a sua faixa e seu rosto,
quer mesmo é dizer suas palavras de ordem para ser ouvido! Vandalizar e
promover a violência são coisas de bandido, de gente literalmente falando de má
índole.
Pode até aparecer alguém que
não concorde comigo, mas saquear lojas, quebrar vidros de bancos, depredar o
patrimônio público e usar máscara para esconder sua natureza violenta, nunca
foi coisa de homem sério, que sabe o que é a política e como ela funciona.
Quem quer manifestar alguma
coisa deve saber que tem que ter no mínimo uma proposta no papel, e a
capacidade de diálogo e poder de negociação. Pois quebrar tudo não resolve
nenhum problema, do contrário, isso é exatamente comprometer mais recursos
públicos para reformas e recuperação de infraestruturas, principalmente de
coisas públicas.
Mas aqui no Brasil virou
proselitismo isso. E o fato mais interessante é que o chamado Quarto Poder não
propõe nada, somente coloca a culpa vinte e quatro no Palácio do Planalto e de
forma subjetiva ainda incentiva tais vandalismos e outras coisas mais.
Tomara mesmo que apareça alguém
com sangue no olho, que tenha a coragem de promover um debate no Congresso
Nacional sobre esse tema, sem alijar os direitos dos homens e das mulheres de
bem, e das organizações sérias da sociedade, que sabem exatamente o que
significa se manifestar publicamente por direitos de forma pacífica. Porque manifestações
e mobilizações populares são todas políticas, e não teatros do absurdo, com
máscaras, rojões e até mesmo armas letais.
A grande tristeza de tudo
isso é que a cada dia mais se descobre o papel financiador de partidos políticos
sem voto e sem programa de governo dos atos de vandalismos e de bandidagem
política. É uma pena isso, mas...!
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