Pular para o conteúdo principal

O trabalho vai voltar?


Por Genaldo de Melo
 
Não compreendo muita coisa de política tributária, aliás, sempre achei assunto de técnicos e economistas. Mas muito me preocupa o que venho ouvindo nas ruas de Feira de Santana sobre a chamada Reforma Tributária feita pelo Governo Municipal no ano passado que poucos cidadãos tiveram a oportunidade de acompanhá-la. Principalmente em relação ao aumento do IPTU, aprovado em dezembro, que segundo rumores poderá trazer sérios problemas futuros, principalmente para as zonas rurais do município que se tornaram bairros.

O Governo Municipal de forma inovadora do ponto de vista político mudou os métodos de apresentar as coisas impopulares no município. Dizem os manuais políticos que bondades devem ser feitas aos poucos, mas as coisas ruins devem ser todas apresentadas de uma só vez para o povo esquecer logo. Mas o método mudou porque parece que todo mundo não viu nada do que aconteceu na santa Câmara de Vereadores de Feira de Santana bem nos olhos do povo e da Opinião Pública local que se calou.

Primeiro foi a Contribuição de Iluminação Pública, depois foi a famosa Zona Azul nas 38 principais ruas e avenidas do Centro da cidade, que até agora não avançou acho que graças a um texto que dizem que mal elaborado, depois transformaram áreas rurais em bairros (aqui talvez para o IPTU e a especulação imobiliária), e finalmente o que pode realmente fechar a cadeia de processos de arrecadação financeira, o IPTU.

Se vão cobrar por metro quadrado ou por valor do imóvel, pois confesso que não vi ainda o projeto aprovado, quem é mesmo que vai valorar os imóveis e terrenos? E para as comunidades rurais que foram transformadas em bairros serão as mesmas regras? Se isso acontecer podem ter certeza no mundo rural em Feira de Santana vai haver grande número de inadimplência, e com certeza com o tempo como estabelece a legislação vigente, vários imóveis será simplesmente motivo de desapropriação sem ônus para o município.

Nesse caso do IPTU que já existe muita gente séria preocupada de fato, quem mais vai perder vão ser as comunidades rurais transformadas em bairros. Quer dizer então que quem pagava ITR, vai passar a pagar valores exorbitantes pelos seus terrenos e chácaras. E além dessa sorte que vão ter, ainda muitos vão de fato perder o direito à aposentaria especial quando em seu nome chegarem os carnês de pagamento.

Mas tenho certeza que setores do empresariado vão chiar também da mesma forma que estão fazendo na capital baiana! Principalmente aqueles que cantavam nas ruas a bonita canção que entrava nas mentes osmose: ”O trabalho vai voltar”!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LITERATURA

 

A cada dia aumenta o número de pré-candidatos em Feira de Santana, agora é Dilton Coutinho

Por Genaldo de Melo Mais um nome entra na fogueira das discussões e cogitações para ser candidato ao Paço Municipal em Feira de Santana, e o assunto não deixa de ser cogitado hoje em rodas de conversas, jornais, sites e blogs, além do mundo política da cidade. Dessa vez surge como candidato o radialista Dilton Coutinho, nome bastante conhecido nos meios de comunicação local. Ontem em entrevista no seu programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira FM o deputado federal Fernando Torres (PSD) disse ser pré-candidato a prefeito, mas caso Dilton resolva ser do mesmo modo, ele oferece seu partido para abrigar o comunicador como candidato: “Eu sou pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, mas se você for Dilton Coutinho eu abro mão. O PSD está a sua disposição amigo Dilton Coutinho”, disse Fernando Torres, presidente do PSD no município. Do mesmo modo a discussão apareceu ontem na Câmara de Vereadores pela vereadora Eremita Mota (PDT e pelo vereador David Neto (PTN).

A verdade sobre o esvaziamento das palavras golpe e "Fora Temer"

Por Genaldo de Melo Com a falta de povo nas ruas a mídia trabalha constantemente o esvaziamento do sentido real da palavra "golpe" que está acontecendo de fato.  A palavra "golpe" repete-se, repete-se, e repete-se como um mantra que perdeu o significado.  Num momento tão crucial como este, em que o projeto de governo eleito pelo voto democrático está sendo trocado por outro completamente diferente e que não passou pelo crivo das urnas, substituíram as grandes mobilizações de massa pela ação individual alegórica, pois se pulverizou a indignação popular apenas na palavra “golpe” nas redes sociais e em cartazes.  É impossível não notar que isso ocorre ao mesmo tempo em que a tradicional mídia jornalística trocou a aguerrida cobertura dos acontecimentos econômicos e políticos por um atual tom de meras trivialidades.  Quem acompanha o noticiário político e econômico não deixou de perceber que a mesma indignação que impulsiona inúmeras matérias jornalísti...