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Gabrielli leva à Bahia recordes na Petrobras e linha direta com Lula

 

José Sérgio Gabrielli deixa Petrobras como presidente que mais tempo ficou no cargo e o que gerou os maiores lucros da história da estatal, hoje uma das principais empresas com ação em bolsa do mundo. Petista entra no páreo para disputar sucessão de Jaques Wagner no governo da Bahia em 2014 numa corrida que já tem dois nomes nacionais - um ministro e um senador.

BRASÍLIA – Com o PT abrindo o décimo ano no governo federal, algumas autoridades começam a se tornar personagens históricas pela permanência em cargos importantes. O ministro da Educação, Fernando Haddad, despede-se nesta terça-feira (24) como o terceiro mais longevo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, pode se tornar o recordista, caso vá até o fim com Dilma Rousseff. É o que já acontece com José Sérgio Gabrielli, que vai deixar a Petrobras.

O petista completou neste domingo (22) seis anos e seis meses na presidência da maior empresa brasileira. Em novembro, ultrapassara Joel Rennó, que tinha ocupado o cargo com Itamar Franco e Fernando Henrique, transformando-se no campeão de permanência. Agora, o economista deve dedicar-se à política baiana, onde está no páreo para suceder o governador Jaques Wagner em 2014, como ele mesmo admitira em agosto do ano passado, em entrevista exclusiva à Carta Maior.

Gabrielli levará no currículo o fato de ter sido em sua gestão que a Petrobras se tornou uma das maiores companhias do mundo, com a descoberta de petróleo na camada pré-sal. Foi com ele também que, graças à estatal, o Brasil alcançou autossuficiência em petróleo – ou seja, produz uma quantidade igual ou superior ao que consome, embora a característica de algumas refinarias da empresa ainda obrigue o país a importar petróleo de um determinado tipo.

Na semana passada, a estatal anunciou ter tido em 2011 um nove recorde de produção de petróleo e gás, 1,6% acima de 2010, e de reservas comprovadas (2,7% a mais).

O aumento da produção, o encarecimento do barril de petróleo no exterior e a política de atrelar os preços cobrados dentro do Brasil a estas cotações internacionais proporcionaram recordes de faturamento e lucro à Petrobras, hoje uma das maiores companhias em valor de mercado do mundo.

O maior lucro líquido da história da companhia foi obtido em 2010, R$ 35 bilhões. De janeiro a setembro de 2011, o saldo estava em R$ 28 bilhões.

Gabrielli também leva como credencial a intimidade com o ex-presidente Lula, responsável pela nomeação dele em julho de 2005 e com quem tinha canal aberto sem passar por intermediários como o ministro de Minas e Energia ou a Casa Civil da Presidência, que foi chefiada por Dilma Rousseff.

No páreo com Gabrielli, o PT baiano tem pelo menos mais dois nomes hoje com visibilidade nacional para suceder o governador Jaques Wagner, que em entrevista a uma radio baiana nesta segunda (23), já manifestou a intenção de chamar o futuro ex-presidente da Petrobras para participar do governo local. Um é o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence. O outro é o senador Walter Pinheiro.

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