Pular para o conteúdo principal

Educação zero no Brasil


Por Genaldo de Melo

Não existe outra saída para que uma nação no sentido mais literal da palavra possa se desenvolver do ponto vista social, cultural e econômico senão por meio de uma educação de qualidade para todos. Reveste-se de falácia qualquer discurso em contrário, principalmente quando alguns poucos que se acham iluminados defendem a educação da iniciativa privada como única solução. É falso qualquer discurso de que o Estado não tem competência para educar a população, pois nem todo mundo está preparado economicamente para colocar seus filhos em escolas particulares.

O que o Estado precisa é colocar ordem nas coisas e assumir de fato que educação pública é coisa séria prá quem quer ter um futuro, seja o cidadão ou as instituições vigentes. Não basta criar alguns indivíduos capazes de pensar apenas em grupelhos em vez de raciocinar por toda a sociedade. Não bastam apenas uns filhinhos de “papai” pensarem que porque tem condições de no futuro próximo colocar seus filhos em escolas particulares para imaginar que o mundo vai continuar nessa ordem de coisas.

Enquanto ficarem uns poucos canalhas no Congresso Nacional defendendo interesses contra uma educação de qualidade e para todos, nossa sociedade correrá o risco de ter uma próxima geração deformada, drogadita, doente e violenta, em defesa de interesses escabrosos de traficantes e de gente doente socialmente, simplesmente porque o Estado não assumiu seu papel de fomentador cultural e educador coletivo.

No momento estamos vivendo um dos fatos mais ridículos da política brasileira. O povo elegeu 513 deputados para alguns, ou melhor a maioria, votar contra os interesses de uma educação que transforme o Brasil numa sociedade de gente inteligente e capaz de ser uma nação sadia. Votar contra os royalties do petróleo para a educação é o cumulo do absurdo. Parece que os nossos piores inimigos não estão fora do Brasil, mas aqui mesmo travestidos de camaleões, limitados intelectual e culturalmente!

Isso é tão grave que confesso que tenho vergonha de dizer, mas digo assim mesmo, que o deputado que votei na eleição de 2010, que imaginei que seria um bom representante para a sociedade e para o povo baiano, simplesmente votou em interesses outros e não em defesa da educação brasileira. Simplesmente, estou literalmente estarrecido e escandalizado, com o que aconteceu na Câmara dos Deputados. São deputados pequenos, com limitações políticas, que querem um povo que não pense para que seja comprado em sua consciência nos outubros da vida. É esse parlamento que nós temos no Brasil, que prepara nosso povo apenas para votar e dizer o preço do voto.

Quando a gente poderia imaginar que os nossos professores teriam melhores salários, que as escolas públicas teriam melhores equipamentos, que os alunos poderiam ter acesso aos acervos literários e culturais, e principalmente às novas tecnologias da informação, os nobres representantes, eleitos lógico “legitimamente”, são contra o futuro de nossa nação livre e soberana. Pois é, 17 representantes baianos na Câmara dos Deputados são contra o melhor instrumento para que nação possa prosperar, a educação pública de qualidade!

São os deputados que balançam apenas a cabeça e fazem parte da bancada do assim seja e do amém! Que coisa amigos...!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LITERATURA

 

A cada dia aumenta o número de pré-candidatos em Feira de Santana, agora é Dilton Coutinho

Por Genaldo de Melo Mais um nome entra na fogueira das discussões e cogitações para ser candidato ao Paço Municipal em Feira de Santana, e o assunto não deixa de ser cogitado hoje em rodas de conversas, jornais, sites e blogs, além do mundo política da cidade. Dessa vez surge como candidato o radialista Dilton Coutinho, nome bastante conhecido nos meios de comunicação local. Ontem em entrevista no seu programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira FM o deputado federal Fernando Torres (PSD) disse ser pré-candidato a prefeito, mas caso Dilton resolva ser do mesmo modo, ele oferece seu partido para abrigar o comunicador como candidato: “Eu sou pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, mas se você for Dilton Coutinho eu abro mão. O PSD está a sua disposição amigo Dilton Coutinho”, disse Fernando Torres, presidente do PSD no município. Do mesmo modo a discussão apareceu ontem na Câmara de Vereadores pela vereadora Eremita Mota (PDT e pelo vereador David Neto (PTN).

A verdade sobre o esvaziamento das palavras golpe e "Fora Temer"

Por Genaldo de Melo Com a falta de povo nas ruas a mídia trabalha constantemente o esvaziamento do sentido real da palavra "golpe" que está acontecendo de fato.  A palavra "golpe" repete-se, repete-se, e repete-se como um mantra que perdeu o significado.  Num momento tão crucial como este, em que o projeto de governo eleito pelo voto democrático está sendo trocado por outro completamente diferente e que não passou pelo crivo das urnas, substituíram as grandes mobilizações de massa pela ação individual alegórica, pois se pulverizou a indignação popular apenas na palavra “golpe” nas redes sociais e em cartazes.  É impossível não notar que isso ocorre ao mesmo tempo em que a tradicional mídia jornalística trocou a aguerrida cobertura dos acontecimentos econômicos e políticos por um atual tom de meras trivialidades.  Quem acompanha o noticiário político e econômico não deixou de perceber que a mesma indignação que impulsiona inúmeras matérias jornalísti...