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O mundo contra o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba

Editorial do Vermelho

A Assembleia Geral da ONU vota nesta terça-feira (13), pela 21ª vez consecutiva, uma resolução contra o bloqueio estadunidense a Cuba. A reunião do máximo foro internacional examinará e deliberará em torno do documento “Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba”. Será mais um pronunciamento inequívoco da comunidade internacional contra uma medida cruel e injusta do imperialismo norte-americano, que pretende punir com o estrangulamento a Ilha caribenha pela decisão que tomou de seguir o caminho revolucionário e socialista.

Tal como todos os demais presidentes da nação mais poderosa do planeta, desde que tal medida começou a ser imposta, há mais de cinquenta anos, também o atual dirigente, Barack Obama, que acaba de ser reeleito, aplicou com rigor o bloqueio econômico, comercial e financeiro, que já causou a Cuba perdas de mais de um trilhão de dólares, considerando a depreciação da moeda americana frente ao valor do ouro no mercado internacional.

Reiteradamente, e com justa razão, as autoridades cubanas qualificam o bloqueio como “um ato de genocidio”. Efetivamente tem sido assim, se considerarmos os danos provocados ao desenvolvimento econômico e à aquisição de produtos essenciais ao povo, como alimentos e medicamentos.

Por seus ilegítimos fins, seu caráter sistemático e rigoroso em nivel mundial, sua implementação através de variados caminhos, inclusive por meio de leis extraterritoriais, o bloqueio estadunidense a Cuba é uma verdadeira guerra econômica.

O bloqueio estadunidense a Cuba viola o Direito Internacional, é uma política absurda, obsoleta, ilegal e moralmente insustentável. Um anacronsmo que não condiz com a afirmação dos principios democráticos e de convivência internacional proclamados pelas Nações Unidas. Nada justifica que em nome de uma concepção de política externa anacrônica e imperialista, queira um país impor a outro a “mudança de regime”, através do estrangulamento econômico, como pretendem fazer os Estados Unidos contra Cuba.

O posicionamento da Assembleia Geral da ONU – que será mais uma vez reiterado na sessão desta terça-feira – reflete a posição dos povos, dos movimentos sociais, do mundo cultural e político, das ações de solidariedade que a nação socialista caribenha recebe desde todos os países do mundo, inclusive dos Estados Unidos.

O povo cubano tem enfrentado o bloqueio com admirável dignidade, um verdadeiro estoicismo. Sob a liderança do Partido Comunista, do comandante da Revolução, Fidel Castro, e hoje do presidente Raúl, tem dado provas de resistência e de capacidade para enfrentar os desafíos da construção de uma nação socialista sob as difíceis condições do mais prolongado bloqueio da história contemporânea.

Vivemos a época da afirmação da soberanía nacional dos povos, da luta pela democratização das relações internaconais, um período de transição política e econômica em que já não cabe a imposição discricionária da vontade dos impérios. É preciso fazer valer a opinião da maioria das nações e pôr fim imediatamente ao bloqueio que os Estados Unidos impõem a Cuba.

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