Por Genaldo de Melo

Sempre defendi a tese de que determinados benefícios previdenciários
devem realmente serem revistos, até porque já vi casos de gente que
realmente não precisa da Previdência Social, mas está na folha mensal
não se sabe como, e não me pergunte como porque eu não sei.
Mas querer
acabar com a Previdência Social no Brasil com o discurso torto de que
não existe dinheiro para sua manutenção é uma da maiores falácias desse
Governo interino de Michel Temer, pois a Previdência Social no
Brasil sempre foi superavitária, e todos os anos sempre sobraram cerca
de 50 bilhões de reais nos cofres da mesma. Mesmo nesse momento de crise
sobraram no ano passado 20 bilhões de reais para calar a boca de
privatistas safados e interessados apenas em receber propinas dos bancos
e de suas previdências privadas.
Mas é preciso ter em conta de que quem
está no controle das decisões no país está tomando realmente as
decisões contra o povo e este não está vendo, até mesmo porque nossa
mídia que deveria fazer o contraponto e defender os interesses dos
brasileiros simplesmente está calada.
Michel Temer começou a batalha aos
poucos para acabar com a Previdência Social no Brasil e privatizá-lá, a
partir do lançamento da Medida Provisória 739/2016 (já em vigor). Ou
seja, esse Governo interino decidiu na calada da noite que vai diminuir
em 30% os benefícios previdenciários de auxilio-doença no país,
utilizando uma metodologia estranha (o benefício terá prazo estipulado, e
não tendo se extinguirá em 120 dias), para diminuir em 250 mil dos 840
mil beneficiários existentes, e do mesmo modo, decidiu que vai tirar os
benefícios de aposentadorias por invalidez de 150 mil brasileiros.
Ou
seja, quer diminuir em 6,3 bilhões os gastos a Previdência sem nenhuma
discussão com sociedade brasileira.
A próxima maldade dele é rever para
provavelmente acabar com o chamado Benefício de Prestação Continuada. A
pergunta que não quer calar é o seguinte: porque esse Governo continua
desonerando a folha das empresas, e ao mesmo tempo, cortando os direitos
dos trabalhadores que financiam a Previdência?
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