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Uma raposa vai tomar do galinheiro

Por Genaldo de Melo
Animal foi capturado após comer seis galinhas em um motel de João Pessoa, segundo Polícia Ambiental (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Depois de apresentar para a sociedade brasileira uma face de governo totalmente atrapalhada, Michel Temer, Presidente da República na condição de interino, mostra outra face para o povo brasileiro, a face da honestidade política. Numa atitude pensada, considerada autoritária, porque não houve discussões e nem debates, ele extinguiu o Ministério de Desenvolvimento Agrário, desrespeitando assim, a condição elementar em que se encontra a Agricultura Familiar brasileira, que se considera, baseado em resultados de pesquisas, que se coloca cerca de 70% da dieta alimentar na mesa dos brasileiros. 

Voltando atrás agora ele reluta em dizer que vai recriar o MDA, porque está recebendo pressões do deputado federal do Solidariedade, Paulinho da Força Sindical, e de vozes esquecidas dos movimentos sociais do campo, a exemplo da CONTAG. O que não se esperava na atitude de reconhecer que errou de forma desastrosa nessa atitude de eliminar o MDA, é usar a CONTAG para dizer que também pressionou, na mesma condição do deputado Paulinho, mas que o cargo de ministro será de indicação do mesmo, que poderá escolher o nome do deputado ruralista, Zé Abreu. 

Michel Temer precisa respeitar o povo brasileiro se quer de fato ser Presidente da República, numa acusação contra Dilma que se caracteriza como golpe político de quem não tem votos para tanto. Dizer que vai recriar um Ministério que é responsável pelas Políticas Públicas de fortalecimento da Agricultura Familiar e responsável pela discussão e do debate da Reforma Agrária necessária nesse país, e entregá-lo a apenas um deputado medíocre que se diz sindicalista, mas que representa exatamente os interesses dos patrões dos trabalhadores/as urbanos, é no mínimo brincar com inteligência dos brasileiros que vivem no campo.

Um Ministério de tal estatura não deveria ser eliminado, deveria ser fortalecido, e agora depois do erro não ficar sob a coordenação exatamente de um reconhecido ruralista no Congresso Nacional. Que falta de respeito! Que falta de projeto! Que falta de Governo!

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