Por Genaldo de Melo

Mais uma vez a população de
Feira de Santana elegeu para assumir postos de vereadores uma grande maioria de
evangélicos, que descobriram que além de pregar a palavra de Deus, e alguns deles
literalmente utilizarem a boa vontade e aquela necessidade de Deus de que
falava Tolstoi para enriquecer, eles também podem representar pedaços de poder
político no município.
A história tem comprovado
que muitos desses vereadores evangélicos que se elegem em Feira de Santana, na
grande maioria com votos de fiéis das igrejas, principalmente das igrejas
pentecostais que pregam a Teologia da Prosperidade, nada fazem a não ser
representar o mais ridículo fundamentalismo religioso que não faz parte das
regras elementares da sociedade política laica.
Muitos deles em vez de
representar tanto a parcela de eleitores que lhe confiaram os votos, bem como a
comunidade em geral, fazem papéis que beiram ao ridículo, e envergonham os
feirenses em todos os lugares do Brasil. Pode ser que desta vez alguns
vereadores que se consideram evangélicos possam respeitar o povo de Feira de
Santana e cumprir o papel que lhe foi outorgado pelo povo de ser vereador de
fato.
Os cidadãos feirenses
elegeram dessa vez oito nobres que seguem o evangelho de Cristo, e sabemos que
entre esses nobres têm alguns que são sérios e que cumprem o seu papel de
vereador, e não confundem sua religião, seu templo religioso, com a política
como coisa em si. Coisa rara!
Mas esperamos que eles
tenham consciência disso, porque a grande maioria de seus eleitores não votaram
neles por ser povo no sentido mais literal da palavra, votaram neles por ser
massa de fiéis que votou no seu líder religioso, e no seu irmão de igreja. Como
não participam ou mesmo não compreendem a política, porque em muitos dos casos
são os próprios detentores dos votos que demonizam a política para ter o voto
como salvador da pátria, essa massa de fiéis eleitores nem mesmo acompanha o
que eles fazem na Casa da Cidadania. Tomara que Cristo os ilumine a todos para
que possam compreender isso, que são vereadores e não pastores na política!
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