Por Genaldo de Melo

Não foi dessa vez que Feira
de Santana escolheu um time melhor para a Câmara de Vereadores, pois na nova
configuração vai o mesmo do mesmo com a eleição de apenas três opositores ao
atual Chefe do Executivo municipal. Uma pena para o próprio povo que fica sem
opção de nomes que apresentem matérias de interesse que possam ser aprovadas,
já que não existem números suficientes para aprovar nada que não apresentado
pelo grupo da maioria que foi aprovada nas urnas.
Esperava-se com tantos
desacertos apresentados pelos atuais vereadores que estão em mandato até o
final de dezembro, que a população imbuída na qualidade de votante escolhesse
vereadores mais compromissados, e não literalmente atrelados aos interesses de
apenas um grupo político. Mas isso realmente não aconteceu, apesar de que bons
nomes aparecem na lista como é o caso de Roberto Tourinho.
Por incrível que pareça a
população reconheceu que alguns nomes que já estavam em mandatos há muito
tempo, sem mostrar qualidade no trabalho legislativo, deveriam voltar para suas
casas para repensar na possibilidade de se apresentar de novo como alternativa
em 2020. Uma pena também que vereadores sérios com trabalho reconhecido, como
foi o caso de Beldes Ramos, tenham que deixar a Casa da Cidadania, e entre
vereador que se você perguntar qual é o papel do vereador ele não vai saber
dizer, porque apenas vai ser vereador do sim e do amém.
Na nova configuração foram
eleitos 11 novos vereadores, sendo que quem mais sai perdendo é a oposição,
pois elege apenas Edivaldo Lima, Alberto Nery e Zé Filé. Rumores dão conta de que
apenas o vereador Alberto Nery é que poderá fazer uma oposição com mais
qualidade pela experiência que tem, mas dispõe até o momento de apenas três
votos na Câmara para imprimir qualquer marca de oposição política, porque
ninguém sabe depois de janeiro.
Mesmo assim com essa
configuração delicada espera-se de alguns edis que tenham consciência de seus
papéis e possam não repetir erros que foram cometidos nessa legislatura que se
encerra, marcada por brigas entre pares e cenas ridículas que envergonharam
Feira de Santana, interna e externamente. Tomara que a população é que esteja certa
na sua escolha, e eu que esteja errado em minha opinião, porque assim será
melhor para a própria massa. Porque como dizia o grande intelectual negro do
século XIX, o escritor Lima Barreto, que serve para nossa Feira de
Santana: “O Brasil não tem povo, tem massa”. Agora é esperar prá ver!
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