Por Genaldo de Melo

A revista "Veja" há muito tempo que presta um
desserviço à sociedade brasileira, porque ela trabalha não com o jornalismo
sério que carrega as informações corretas dos fatos e fenômenos sociais, mas
trabalha pura e simplesmente com o jornalismo carregado, literalmente carregado
de propaganda política.
Desde a década de oitenta que ela trabalha
politicamente contra o projeto político da esquerda brasileira de forma clara,
de forma parcial, como instrumento político daqueles 10% da população que querem governar o Estado brasileiro em função apenas deles mesmos.
Por mais limitado intelectualmente, por mais beócio que seja um cidadão ele já sabe no
país que a revista "Veja" sempre trabalha em suas capas de dois modos. O primeiro
com matérias criadas, requentadas e escandalosas apenas contra qualquer
situação que envolva petistas, comunistas, membros da esquerda, e especialmente Luís Inácio Lula da Silva.
Em segundo lugar, quando não existem fatos
para atacar frenética e cruelmente seus adversários políticos, as capas sensacionalistas
são trocadas por matérias sobre saúde de pessoas da classe mais abastada do
país, ou sobre trivialidades que em nada interessa de fato aos seus leitores.
Mas essa semana de forma inusitada ela coloca
na sua capa a foto de Marcelo Crivella, quando o mesmo foi preso e fichado criminalmente
pela polícia do Rio de Janeiro, exatamente na semana em que os cariocas decidem
quem governa a cidade nos próximos quatro anos.
Vozes da Igreja Universal do Reino de Deus
não gostaram de nada do que aconteceu de forma escandalosa, utilizando o
discurso de que a revista "Veja" em aliança com outros meios de comunicação estão
em função de acabar com a Rede Record de Televisão. Triste fato, porque essas
vozes colocam um discurso que fica claro que o projeto Crivella não é um
projeto do povo carioca, mas um projeto de um grupo empresarial ligado a religião de
Edir Macedo!
O interessante é que vozes somente se levantam
contra injustiças da propaganda política “eficiente” da Revista, que existe realmente
em função de um projeto político da direita brasileira, quando são atingidos, e
quando as injustiças são com os grupos políticos que eles mesmos já
participaram sendo governo propriamente dito, nada fazem a não ser ficar calados em
silêncio sepulcral.
Tomara que a revista "Veja" preste pela
primeira vez nos últimos anos um serviço político sério de fato à sociedade brasileira, especialmente à
carioca, porque se Crivella quer ser prefeito do Rio de Janeiro, que não confunda sua religião com a
possibilidade de administrar a segunda maior cidade brasileira. Os cariocas são
laicos!
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