Por Genaldo de Melo

Por mais que os deputados federais desse
sistema representativo que não mais funciona no Brasil, comprovado pelas últimas
votações no Congresso Nacional em que o povo não foi contemplado em nada, queiram criar
outro instituto de financiamento para políticos, provavelmente a sociedade
brasileira não vai concordar apesar de nada poder fazer nesse momento.
A proposta do Ministro da Ciência, Tecnologia
e Comunicações, Gilberto Kassab, de criar um novo Fundo Eleitoral bilionário exclusivamente
para financiar campanhas eleitorais em lugar do financiamento eleitoral feito
por empresários, é um tapa no rosto dos brasileiros, porque esse dinheiro
deverá necessariamente sair dos cofres públicos.
A ideia foi
bem recebida pelos líderes partidários (como sempre) porque interessa
diretamente a eles, já que o entendimento geral é de que não há espaço para a
volta do financiamento empresarial de campanhas. Pela primeira vez, em duas
décadas, os candidatos e os partidos não puderam contar este ano com as doações
de empresas, apenas com doações de pessoas físicas e contribuições dos
partidos.
O problema é
que como eles mesmos começam a defender que esse Fundo Eleitoral, que será
debatido na Comissão Especial de Reforma Política, terá que ser composto com
recursos financeiros da ordem de quatro vezes mais do que o Fundo Partidário
existente, que somente esse já consome dos cofres públicos a quantia de R$ 819
milhões, isso significa que os empresários não financiam mais as campanhas, mas
os brasileiros é que financiarão já que todo o dinheiro deve vir do Estado.
Parece que
não tem jeito mesmo com esse sistema de democracia representativa no Brasil,
pois quando os “representantes” do povo eliminam processos que necessariamente
são para combater a corrupção, criam outros instrumentos para literalmente
prejudicar o povo brasileiro.
É vergonhoso
isso! O povo não deveria financiar quem não lhes representa. Mas Já foram
indicados para compor o grupo como membros titulares: Daniel Vilela (PMDB-GO),
Efraim Filho (DEM-PB), Mauro Mariani (PMDB-SC), Sergio Souza (PMDB-PR), Edio
Lopes (PR-RR) e Lúcio Vale (PR-PA). Como suplentes: Hildo Rocha (PMDB-MA), Hugo
Motta (PMDB-PB), Marcelo Castro (PMDB-PI), José Rocha (PR-BA) e Milton Monti
(PR-SP). E para presidir as discussões as funções serão desempenhadas
pelos deputados Vicente Cândido (PT-SP) e Lucio Vieira Lima (PMDB-BA),
respectivamente.
É dose cavalar para colocar qualquer leão feroz prá dormir! Mas é a mais pura e vergonhosa verdade de que os atuais quadros políticos que se dizem representantes do povo estão mesmo interessados é em "ferrar" com o povo. Pobre democracia representativa e pobre povo brasileiro que nada por enquanto pode fazer!
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