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A direita brasileira começa assumir de que não terá candidato em 2018

Por Genaldo de Melo
Quando se observa que os principais assessores de comunicação (que é o que se tornaram os principais articulistas e colunistas políticos dos grandes meios de comunicação da imprensa tradicional) começarem a jogar a toalha sobre o processo eleitoral de 2018, muitos já admitindo que não são mais contra a polarização entre Lula e Bolsonaro, fatalmente chegamos a conclusão de que a verdadeira direita brasileira não consegue mais construir um nome viável para participar das eleições presidenciais.

E nesse sentido, dolorosamente devem urgentemente tomar uma decisão que para muitos se torna fatalmente trágico. Ou apoiam Lula ou apoiam Bolsonaro, porque nessa altura do campeonato inventar alguém para o processo vai ficando cada vez mais difícil, e entre os nomes existentes, nenhum deles está decolando nas pesquisas eleitorais, que podem por mais tendenciosas que sejam, sempre apresentar algumas verdades que devem ser levadas em consideração no mundo político.

Escolher Bolsonaro é assumir um erro estratégico quando se criou a necessidade de se inventar um ódio vazio de sentido que não ajudou em nada superar a crise social, política e econômica por qual passamos. Inventaram a partir desse ódio contra o PT e as forças de esquerda um sujeito a partir do não aceitamento da derrota de 2014. E mesmo que ele mude o discurso como vem fazendo nos últimos dias, acenando como moderado para o mercado, em suma não mudará sua natureza, e nem a prática do que vem dizendo há mais de vinte anos. Inventaram um monstro político, e terão que engolir para não aceitar que não deveriam ter agido contra a democracia dos votos como fizeram com Dilma Rousseff.

Apoiar Lula, como já fizeram no passado recente, deve ser algo de muito constrangedor e vergonhoso para quem passa em torno de vinte e quatro horas por dia dizendo que ele é o representante do medo e de tudo que é de errado nesse país, mas que decepcionou esses discursos todos, pegando a própria economia brasileira aos frangalhos e transformando na sexta economia do mundo. Isso não pode ser perdoado, pois como é que pode um nordestino sem formação acadêmica presidir o país e todos ganharem, e agora quando não o querem do modo nenhum, o povo quer ele de volta. Imperdoável...!

Deve ser mesmo vergonhoso e constrangedor para uma jornalista do "calibre" de Eliane Cantanhêde ter que reconhecer nas entrelinhas de que não tem mais jeito, a polarização já existe e deve ser admitida por todos, e que se deve escolher entre um bruto que não tem grupo e nem mesmo partido, mas está muito bem posicionado nas pesquisas, ou escolher um indivíduo barbudo como Lula, que além de ter um grupo político consolidado, também tem um povo inteiro que pode lhe dá a vitória, porque mesmo que as forças de esquerda lancem nomes para o bom combate, ninguém abandonará Lula no segundo turno, e Lula não abandonará o representante da esquerda se ele não tiver no processo com sua foto. Ou escolhe ou desce do bonde...!

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