Por Genaldo de Melo
Mais do que positivo o lançamento da candidatura de Manuela D'Avila à Presidência da República nesse momento político em que posturas da esquerda e da centro-esquerda brasileiras deixam desconfiados membros das próprias. O PCdoB sempre foi a grande reserva moral das forças políticas progressistas desse país, e merece pensar por si mesmo como partido político.
Fato novo que mexe com todo o cenário político em que Lula segue absoluto em primeiro lugar em todas as pesquisas, com a extrema direita caminhando em segundo lugar, e as forças golpistas que apunhalaram a democracia sem pernas para caminhar.
Esse novo cenário deve portanto ser analisado desprovido de paixões políticas, porque é também sem paixões que o PCdoB faz também seu balão de ensaio, com o nome de uma mulher séria com um trabalho político reconhecido no Rio Grande do Sul e no Brasil.
A ousadia política abre naturalmente dois cenários para serem estudados no próximo período pelas forças políticas que vinham trabalhando com afinco o nome de Lula. E aqui não cabe o discurso apaixonado de quem não raciocina politicamente e fala sobre fragmentação das forças de esquerda.
Primeiro porque Manuela é a resposta da esquerda genuína de que não está morta como apregoa a imprensa tradicional e seus papagaios de plantão. É uma candidatura que fará com que Lula repense suas posturas mais à esquerda, e os golpistas desesperados ou vem por conta própria ou morrem abraçados ao impopular Temer. Aqui sabendo que os golpistas não deixam de ter votos, porque o povo é sempre manipulado.
Em segundo lugar, caso a imprensa tradicional e o judiciário político resolvam eliminar politicamente Lula do jogo eleitoral, tanto este como toda a esquerda e a centro-esquerda tem em Manuela e no PCdoB um nome melhor para confiar. Foi a maior ousadia e o maior acerto dos últimos tempos, porque as forças progressistas precisam dialogar muito até as convenções partidárias do ano que vem.
Nesse contexto quem continua no mato sem cachorro são as forças golpistas que pensaram que sem votos e sem democracia matariam as codornas do churrasco sem as onças. Agora é esperar para ver que peça se moverá nesse tabuleiro de xadrez!
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