Por Genaldo de Melo

Mesmo discordando veementemente, e não gostando de fato do indivíduo, por suas posturas políticas, não se pode deixar de admirar o personagem de Fernando Henrique Cardoso pelo fato de ele ter sido o que muitos brasileiros do mundo político provavelmente desejariam ser, como presidente do país por duas vezes. Do mesmo modo, não se pode deixar de admirar nenhum ser humano, exatamente porque como nos ensinou Shakespeare o ser humano por mais difícil que seja não deixa de ser admirável como ser humano.
Agora chegar a concordar com um indivíduo que a cada vez que escreve seus artigos de orientação política para seus seguidores muda de opinião como um camaleão, necessariamente isso é “outros quinhentos”. Cada vez que FHC abre sua boca para opinar ele demonstra que já deveria está aposentado da política, para não manchar cada vez mais a sua história como Presidente da República por duas oportunidades.
Dizem os sábios da Terceira Idade que é mais fácil um camelo passar realmente pelo fundo de uma agulha do que mudar a opinião de um homem da própria Terceira Idade que atingiu os cumes naquilo que ele faz no mundo. E como FHC na política atingiu o máximo que no país é ser Presidente da República. Portanto, no orgulho da experiência máxima que viveu, provavelmente não aceita conselho de ninguém, porque deve achar que é quem deve dá conselhos, que devem ser seguidos à risca. E nisso reside seu grande pecado, porque como deve não ouvir ninguém, os outros é devem lhe ouvir.
A última de FHC parece piada quando vem depois de tudo que fez para desorganizar a sociedade brasileira falar do perigo Bolsonaro. Foi exatamente FHC quem primeiro aconselhou os seus para não aceitar mais uma derrota eleitoral, e confiar em qualquer um para governar no lugar de Dilma Rousseff, eleita no voto, inclusive na quadrilha que se instalou no Palácio do Planalto, com apoio orientado pelo mesmo dos próprios tucanos.
FHC está parecendo mais um biruta de aeroporto, pois em sua palestra na Universidade Brown nos EUA, ele faz uma alerta de que pode acontecer no Brasil o mesmo que aconteceu na Itália em que depois da famosa operação judicial Mãos Limpas, os cidadãos daquele país imbecilizados pela imprensa tradicional e sensacionalista elegeu o pior que tinha na época, Sílvio Berlusconi. O medo atrapalhado talvez pela idade de FHC é que pode acontecer o mesmo no Brasil depois da Lava Jato, ou seja, a eleição do homem que quando ele era presidente o ameaçou de morte, Jair Bolsonaro.
Todo mês FHC quando escreve seus artigos tem uma opinião diferente sobre o mesmo assunto, o que o coloca como uma pessoa que os brasileiros começam a não mais confiar, como demonstra pesquisa divulgada pela Veja em que 70% das pessoas não dá mais valor às suas opiniões, e provavelmente muita gente não vai querer ele por perto nas eleições de 2018.
FHC pensa que os brasileiros em tempo de redes digitais não tem memória. Foi exatamente o ex-presidente quem não concordou com a derrota de seu partido pela quarta vez consecutiva, aliou-se ao que tinha de pior na mídia tradicional e criou o que não existia no Brasil, o ódio político, e com isso se criou um Bolsonaro da vida. Quem tem culpa no cartório deveria parar de falar besteira e se aposentar enquanto ainda tem um pouco de respeito por ter sido presidente desse país. Quem pariu Bolsonaro que balance!
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