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O jornalista que sabe como salvar o Brasil dos vícios da política

Por Genaldo de Melo
Não escrevo muito sobre a possibilidade que muitos discutem da presença de um nome do judiciário brasileiro como candidato à Presidente nas próximas eleições, até mesmo porque quem acaba colocando em pauta esse assunto somente trabalha com nomes midiáticos que confundem justiça como tal com ativismo judicial, e porque muitos que falam sobre o tema também trabalham com o discurso de salvadores da pátria.

Mas não tem como ficar calado e não opinar sobre determinadas barbaridades de alguns jornalistas que parece que quando escrevem querem ser eles próprios os mentores da salvação do Brasil, quando eles mesmos é que sempre colocam lenha na fogueira da crise política, e defendem como unhas e dentes apenas forças políticas da direita brasileira, sem levar em consideração que vivemos numa democracia e que as forças de esquerda também fazem parte dela, e não são os demônios como eles descrevem somente porque não comungam com suas idéias.

Dessa vez para não falar em outros tantos disparates quem apareceu para querer roubar a cena e defender candidatos do judiciário foi o bom jornalista Elio Gaspari, colunista da Folha de São Paulo. Gaspari parece que querendo ludibriar seus leitores com um discurso nas entrelinhas de que um juiz pode acabar com o jogo vicioso da política, apresenta como os grandes salvadores da pátria, o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa, o atual ministro do Supremo Luís Roberto Barroso, e para radicalizar ainda mais, o juiz Sérgio Moro.

No auge da sua "sapiência" política ele coloca Joaquim Barbosa como o homem acima de qualquer suspeita, que deve dá uma resposta ao PSB até janeiro se quer ou não quer topar a parada de ser candidato à presidente. Caso Joaquim não tope, outro salvador aparece para substituí-lo na praça, o ministro Luís Roberto barroso, que apesar de não ter tanta experiência, não tem nome sujo e nem nunca se envolveu na sujeira da política. Em relação à Sérgio Moro, Gaspari passa dos limites do ridículo, porque literalmente ele fala da possibilidade de Moro não cumprir com o seu papel histórico de ter começado a limpar o Brasil da corrupção, e de não poder continuar a fazer isso na cadeira de presidente.

Em relação a Moro ele imagina que sentado em sua poltrona o juiz vai ter um choque de consciência, pois vai prever o que acontecerá com a posse de um novo presidente daquele naipe da sujeira que ele tenta ajudar a limpar no Brasil. O juiz que segundo ele mudou a cara da política nacional verá que, continuando na poltrona, seu legado será equivalente ao da Olimpíada do doutor Eduardo Paes. Moro corre risco de entrar na História pelo que fez e de sair pelo que não quis fazer. Parece que Moro é um bom moço salvador da pátria, mas deixará de ser isso se não ouvir o bom jornalista da Folha de São Paulo, que parece que quer porque quer inventar no judiciário um nome que seja páreo ao nome da esquerda que pelas pesquisas recentes não perde de ninguém da direita brasileira.

É muita loucura para um jornalista só!

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