Blindagem enfraquece tentativa da oposição de criar ‘CPI da Rosemary’
Com o calendário Legislativo terminando, oposição patina na coleta de assinaturas para instalar uma comissão para apurar esquema de corrupção e acusa base de proteger o PT
A oposição não está conseguindo avançar na tentativa de aproveitar a fragilidade do governo diante da crise instalada pelo depoimento do empresário Marcos Valério à Procuradoria-Geral da República, acusando o ex-presidente Lula de ter dado aval ao Mensalão, para criar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o esquema de venda de pareceres técnicos por agências reguladoras desbaratado pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal (PF).

Em depoimento à Procuradoria-Geral da República, Marcos Valério acusou Lula de ter dado aval ao Mensalão
O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PE), que coordena a coleta de assinaturas para instalar o que se vem chamando de ‘CPI da Rosemary’, se mostra pessimista em relação ao sucesso da empreitada de reunir 171 adesões de deputados. “Não querem assinar”, diz.
Bueno não sabe informar quantas assinaturas conseguiu até agora, mas indica que “foram muito poucas”. Segundo ele, a oposição pode conseguir no máximo 100 assinaturas e, para completar o quadro, precisaria atrair a adesão de parlamentares da base aliada. “Estamos tentando (atingir um terço dos 513 deputados), mas o que a base está fazendo é uma blindagem. Quando se fala em Rosemary, você mexe na Presidência da República e na cúpula do PT”, afirma.
O líder tucano na Câmara, Bruno Araújo (PSDB-PE), se mostra mais confiante que o colega pernambucano. Ele confia na instalação da comissão com deputados e senadores unindo forças. “É mais fácil uma comissão mista do que tentar uma isolada pela Câmara”, afirma.
No senado, a situação tem sido mais fácil. O líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), já colheu 18 assinaturas das 27 necessárias para instalar a comissão.
A 18ª adesão foi do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que avalia que a nova acusação de Valério – apontando a existência de ‘pedágio’ de 2% sobre o valor de contratos de publicidade firmados pelo Banco do Brasil para o caixa do PT, conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo – abre o flanco para pressionar pela CPI. “O que dá para perceber é que a base do governo está acuada”, avalia.
A oposição corre, agora, para tentar conseguir a adesão de senadores e deputados antes do recesso do Congresso na próxima semana, em meio a uma pauta de votações que inclui três grandes votações: o orçamento de 2013, a redistribuição dos royalties do petróleo e a reformulação do Fundo de Participação dos Estados.
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Jornal argentino classifica final da Sul-Americana como "constrangedora"
Site do diário "Olé" critica decisão do árbitro chileno Enrique Osses de encerrar a decisão no Morumbi antes do fim
O São Paulo se sagrou campeão da Copa Sul-Americana nesta quarta-feira de maneira inusitada. Como os jogadores do Tigre se recusaram a entrar em campo para o segundo tempo, a partida foi encerrada no intervalo pelo árbitro chileno Enrique Osses. Como os brasileiros venciam por 2 a 0, foram declarados campeões. O episódio foi classificado pelo jornal argentino Olé como "constragedor".
O título do relato do jogo do site do diário argentino começa da seguinte maneira diz: "Campeão do constrangimento". E o texto começa da seguinte maneira: "Constrangimento. Vergonha. Incrível. Dez e meia da noite (horário de Buenos Aires), e o São Paulo que comemora o título da Copa Sul-Americana. Uma decisão inédita."
No final do primeiro tempo, jogadores dos dois times se envolveram em confusão generalizada. Policiais entraram em campo para separá-los. Depois, os atletas do Tigre alegaram que foram agredidos por seguranças do São Paulo no vestiário. Como os argentinos se recusaram a voltar ao campo para os 45 minutos finais, o jogo foi encerrado com o placar de 2 a 0, dando o título ao clube do Morumbi.
"É incrível que a Conmebol tenha decidido, através do árbitro Osses, encerrar o jogo. O São Paulo festejou como não deveria estar festejando. E o Tigre continuava sofrendo todo o horror que havia experimentado", diz o parágrafo final do texto do Olé.
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Valério diz que entregou provas à Procuradoria
CATIA SEABRA
ANDREZA MATAIS
DE BRASÍLIA
REYNALDO TUROLLO JR.
ENVIADO ESPECIAL A BELO HORIZONTE
ANDREZA MATAIS
DE BRASÍLIA
REYNALDO TUROLLO JR.
ENVIADO ESPECIAL A BELO HORIZONTE
Operador do mensalão e condenado a mais de 40 anos pelo caso, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza disse à Folha que entregou ao Ministério Público Federal documentos comprovando acusações feitas em seu novo depoimento, que envolvem o ex-presidente Lula no escândalo.
Em resposta aos que desqualificam suas acusações, Valério afirmou que os documentos foram entregues em setembro, quando falou à Procuradoria. Numa breve declaração, queixou-se: "Os procuradores não tocaram nos papéis que deixei lá".
A Folha apurou que, entre os documentos, está o registro de depósito dos R$ 98,5 mil que, diz Valério, foram usados para pagamento de despesas pessoais do ex-presidente Lula na posse e no primeiro mês de seu primeiro governo.
O cheque foi destinado à empresa de segurança Caso, de Freud Godoy, ex-assessor pessoal de Lula.
Esse depósito já havia sido identificado pela CPI dos Correios, aberta para apurar o caso em 2005, mas na época Valério nada disse.
Segundo a Folha apurou, não há registro do que foi comprado com o dinheiro repassado. Em depoimento, Freud alegou que o recurso foi empregado em gastos com segurança da posse.
Procurada, a defesa do empresário não detalhou que outros papéis foram entregues.
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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FORO
Condenado a 40 anos e quatro meses de prisão por ter operado o esquema, Valério responsabiliza o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha pelo desfecho do processo, com 25 condenações.
A interlocutores, Marcos Valério afirma que o processo não teria o mesmo resultado caso fosse julgado em primeira instância, com possibilidade de recursos.
Advogado de Valério, o criminalista Marcelo Leonardo conta que chegou a articular no Congresso a aprovação de emenda constitucional que dava fim ao foro privilegiado, que define o STF como tribunal para o julgamento de parlamentares.
Liderados por Dirceu, os petistas, no entanto, orientaram a bancada do partido a não dar quorum para votação do texto. A defesa pediu cinco vezes desmembramento do processo para que Valério fosse julgado em primeira instância, sem sucesso.
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O diretor-executivo do grupo Par, especializado em câmbio, Marcelo Maron, fala que a primeira dica é pesquisar sobre a idoneidade da empresa – seja ela um banco ou uma corretora de câmbio. “Principalmente se o cliente for efetuar a compra de papel moeda, é importante que ele faça isso em um local credenciado”, aconselha Maron.
Caso a pessoa deseje comprar o dólar sem intermédio de uma instituição credenciada, o melhor é que seja com uma pessoa de extrema confiança, como um amigo ou um familiar.
Caso a pessoa deseje comprar o dólar sem intermédio de uma instituição credenciada, o melhor é que seja com uma pessoa de extrema confiança, como um amigo ou um familiar.
Segundo ele, a quantidade de dólar falso presente no Brasil é alta e, assim, torna-se importante carregar uma caneta detectora de dinheiro falso na hora da compra de dinheiro em espécie.
Maron diz que não é mais necessário que as pessoas se arrisquem para comprar dólar em lugares duvidosos. “Hoje qualquer banco decente possui operações de câmbio, e toda pessoa que viajar ao exterior é correntista de alguma destas instituições bancárias”, afirma ele, ressaltando a importância de estar vigilante em relação ao estabelecimento que for pesquisar cotações de moeda.
Cartões
Uma tática praticada pelos bancos e corretoras de câmbio para “segurar” clientes é oferecer um preço mais em conta para a moeda estrangeira inserida num cartão pré-pago, do que o dinheiro adquirido em espécie. “É uma maneira de fidelizar o cliente, já que o usuário ao adquirir um cartão, passa a usar somente ele e, consequentemente utiliza somente os serviços da mesma corretora/banco para recarregar o cartão, sem falar da comodidade de usar a mesma senha durante um bom tempo”.
O especialista informa que mesmo por trás destes interesses é vantajoso possuir um cartão pré-pago, principalmente por conta da segurança - por exemplo: facilidade de ser aceito em qualquer estabelecimento fora do Brasil, seguro contra roubo, além de o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) ser menor que no cartão de crédito: de 0,38% sobre o valor do montante inserido nele.
"O uso do cartão pré-pago também aponta uma grande vantagem em relação à esta comum ocorrência de dinheiro falso no País".
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Número de PMs presos acusados de homicídio cresce 115% em São Paulo
Com a prisão de 13 policiais no começo desta semana, subiu para 28 o total de PMs detidos este ano pela Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo acusados de homicídio. Este número representa um aumento de 115% em relação a todo o ano de 2011, quando houve 13 prisões.
Segundo o major Marcelino Fernandes da Silva, em todos os casos há suspeita que os registros de resistência seguida de morte --quando o policial alega que o suspeito resistiu à prisão e acabou baleado-- foram forjados.
Mapa de homicídios cria suspeita sobre grupos de extermínio
Na segunda-feira (10), sete policiais foram presos acusados de matar três jovens em Parada de Taipas, zona norte da cidade, em 12 de julho. Os PMs alegaram que houve troca de tiros, mas cinco testemunhas desmentiram o fato.
Na tarde de domingo (9), a Corregedoria deteve outros seis PMs suspeitos de assassinar Maycon Rodrigues de Moraes, 19, e balear outro rapaz na zona norte de São Paulo. Testemunhas ouvidas pela Polícia Civil afirmaram que os jovens não ofereceram resistência alguma durante a abordagem.
Para Martim de Almeida Sampaio, coordenador da comissão de Direitos Humanos da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de São Paulo), o aumento no número de policiais presos por homicídio indica que "a tropa está fora de controle".
Segundo ele, a troca do secretário de Segurança Pública não resolve o problema da letalidade da polícia.
“O que solucionaria o problema seria mudar a mentalidade da corporação, que se enxerga como uma força de combate. Eles não trabalham na ótica da sociedade de direito, com respeito aos direitos humanos. E se 28 foram presos, me pergunto quantos casos não foram investigados”.
Onda de crimes no Estado de São Paulo
Foto 110 de 110 - 9.dez.2012 - Bombeiros apagam fogo em ônibus na praça Erotides de Campos, no Parque Edu Chaves, zona norte de São Paulo. O ônibus foi incendiado durante a madrugada. Segundo os bombeiros, duas pessoas que estavam no interior do coletivo morreram carbonizadas Mais Edison Temoteo/Futura Press
A defensora pública Daniela Skromov de Albuquerque, do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania da Defensoria Pública, considera que “os números são baixos quando se leva em conta a quantidade de ocorrências em que há a suspeita do envolvimento de policiais”.
Abordagem policial deixa um morto em São Paulo
Segundo ela, o aumento no número de agentes do Estado presos por homicídio tem relação com a onda de violência que atinge a cidade desde junho. “Temos vivido uma situação absurda, com vários crimes com indícios de envolvimento de grupos de extermínio.”
Cerca de 100 policiais foram mortos desde o começo do ano em ataques atribuídos ao grupo criminoso PCC (Primeiro Comando da Capital). Muitos apontam o estopim do conflito o dia 28 de maio, quando uma ação da Polícia Militar terminou com seis homens mortos, supostamente todos integrantes do PCC.
A assessoria da Polícia Militar informou que 0,37% de todo seu efetivo foi investigado pela Corregedoria este ano por se envolver em ocorrências com mortes. “Na maioria das vezes, as ocorrências terminam com a prisão dos criminosos, conduta exaustivamente cobrada pela instituição. A Polícia Militar não compactua com qualquer tipo de ilegalidade praticada por seu efetivo e apura rigorosamente todos os casos”, disse em nota.
A Corregedoria informou que atualmente 356 PMs ainda estão sendo investigados por homicídios cometidos durante abordagens, e que 322 já foram expulsos da corporação este ano (apenas nove por homicídio).
Os 28 PMs acusados de homicídio estão detidos no Presídio Militar Romão Gomes, reservado para policiais infratores.
Investigação precária
Para Skromov, a investigação dos casos envolvendo policiais ainda é muito precária no país.
“As perícias em geral no Brasil são de baixa qualidade, não seguem os protocolos internacionais, o que seria fundamental para conseguir desmascarar outros casos de resistência forjados. O IML (Instituto Médico Legal), por exemplo, joga fora as roupas dos mortos sem periciar”.
PMs suspeitos de matar um servente estão presos
Alterações na cena do crime feitas pelos policiais também são citadas como um grave problema para a elucidação do crime. "Os corpos são movidos, cápsulas de bala recolhidas, e ainda há o falso-socorro, no qual os agentes do Estado colocam uma vítima agonizando dentro do carro e dão voltas com ela até chegar ao hospital. Quando isso acontece, muitas vezes ela já está morta".
“Outro fato que prejudica a investigação é a baixa confiança que as testemunhas têm na polícia. Até porque muitas vezes o policial que comete um crime continua patrulhando a mesma região, amedrontando ainda mais alguém que pudesse colaborar com o processo”.
Segundo ela, o mais importante é que as mortes violentas sejam registradas como homicídio, e não resistência. “Diversas ocorrências registradas como resistência não vão para o tribunal do júri, acabam sendo resolvidas por um processo interno da polícia”.




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