No final de
maio, a notícia caiu como uma bomba. Os casos de sarampo nos Estados
Unidos atingiam o maior número já registrado em 20 anos, simplesmente
porque é cada vez maior o número de pais que têm decidido não vacinar
seus filhos. Na Europa, o quadro é parecido. Só em 2011, foram 26 mil
casos da doença, decorrentes do mesmo motivo. Mas não são apenas os pais
que têm engrossado o chamado movimento antivacina. Profissionais de
saúde vêm defendendo a redução do número de vacinas (e/ou doses) e a
revisão do calendário vacinal. As razões para não vacinar as crianças
são as mais variadas. Vão de crenças religiosas e filosóficas à crença
de que as doses podem deixá-las doentes e alérgicas. A mais recente
polêmica envolveu a vacina contra HPV, vírus que pode levar ao
desenvolvimento de câncer de útero. Nos Estados Unidos, no Japão e no
Reino Unido, entre outros países, pais vieram a público dizer que a
vacina teria prejudicado suas filhas. Alguns alegavam até que teria sido
a causa da morte de suas crianças. No Brasil, que possui um dos mais
bem-sucedidos programas de vacinação do mundo, o movimento antivacina
ainda é pequeno, mas já começa a incomodar as autoridades de saúde. E os
números são prova disso. Em 2010, a incidência de coqueluche entre
crianças de 1 a 4 anos era de 0,5 caso a cada 100 mil habitantes. Dois
anos depois, já havia saltado para 8,1 casos. O crescimento dos casos de
sarampo também fez acender o sinal vermelho, pois, ao que tudo indica, a
contaminação não se deu no país, mas no exterior, graças aos pais que
se opõem à vacinação. Será que há motivo para preocupação? As vacinas
podem mesmo levar a efeitos colaterais graves? Nossas crianças tomam
vacinas demais? Convidamos especialistas para discutir a questão. "A
vacinação passou a constar no rótulo de pais ou mães que se preocupam com a saúde dos filhos. Mãe zelosa é aquela que tem preenchidos todos os quadrinhos do cartão.
Blog do Genaldo

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