Por Genaldo de
Melo
Reiteradas vezes
opinei que o chamado “príncipe da sociologia” brasileira, Fernando Henrique
Cardoso, estava em estado de caduquice com suas opiniões “quase sérias” em
defesa do impeachment de Dilma Rousseff, num claro desrespeito ao que reza as
prerrogativas constitucionais da democracia. E muita gente que na política
simplesmente apaixona-se por grupos ou indivíduos políticos sem nem ao menos
compreender superficialmente o que os mesmos representam ideológica e
politicamente, literalmente chegou ao limite da agressão verbal, escrita em
comentários dos rodapés de sites que publicam minhas opiniões.
Porém como eu
estava certo do que falava de que não procedia o discurso que o ex-presidente
proferia para seus seguidores fiéis, nunca tive a preocupação de entrar no
mérito da réplica, até porque a razão vem sempre antes das emoções tolas de
leitores apaixonados do Jornalismo da Obediência. Fato comprovado da certeza de
que minha opinião estava sempre certa, pelo menos para mim, foi a matéria
recente do site infomoney sobre a nova opinião de FHC sobre o assunto em
questão.
Segundo o site
diante de uma plateia de banqueiros e investidores, o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, que defendia a saída da presidente Dilma Rousseff por
qualquer meio (paraguaio ou hondurenho), reconheceu que o "impeachment
ficou difícil agora"; mais do que isso, ele afirmou que o presidente da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem o PSDB se aliou na
conspiração golpista, é quem deve ser "impeachado"; para o tucano,
tirar Dilma não é a solução; "Sem querer absolvê-la, mas não basta tirá-la
e colocar outro, porque a condição está aí, o Congresso desse jeito",
disse; FHC ecoa o discurso da colunista Eliane Cantanhêde, que, no fim de
semana, afirmou que 'o impeachment subiu no telhado'.
Como ele por ter
sido Presidente da República por dois mandatos, tornou-se uma espécie de “papa”
dos tucanos, dando opinião sobre tudo e se colocando como assessor para
assuntos políticos dos mesmos, utilizando especialmente jornais como Folha de
São Paulo, Estadão e Globo, mudando sua opinião agora e reconhecendo que não
existem mais condições políticas (já que juridicamente nunca houve) para um
golpe político contra a democracia brasileira, tanto ele como Aécio Neves, José
Serra e outros “pássaros das penas amarelas” ficam literalmente numa “saía
justa” com a grande maioria de seus seguidores.
Mas provavelmente
alguns esquecem logo do assunto, porque eles têm a mídia familiar do Jornalismo
da Obediência para mudar de assunto, e distribuir novas informações sobre
pratos típicos regionais e extravagâncias da vida de atores globais, não
esquecendo a mais nova versão do lixo cultural chamado “Big Brother!
Mas um fato
coloca-se como certo diante dessa nova situação. Como não conseguiram maioria
para estabelecer regras diferentes daquelas que são constitucionais, ficou
claro para todos verem que eles estão mais perdidos do que "cego em
tiroteio", e devem logo assumir a postura da construção de uma candidatura
que os unifique para 2018, pois do contrário além da certeza que estão
assumindo de que Dilma governa até o fim de seu mandato também correrão o risco
de chegaram diante das urnas sem um nome e um projeto que convençam os
brasileiros diante do desenho de golpistas que está se estabelecendo e se
colando neles.
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