Por Genaldo de Melo
Com o advento da certeza de que o impeachment
de Dilma Rousseff “gorou”, literalmente murchou, primeiro porque não segue
segundo o rito constitucional, e segundo porque politicamente não vinga, uma
nova modalidade de pressão pela cassação da presidente e de sua chapa começa a
se vingar no discurso, aos moldes hondurenhos. Agora oposição, setores empresariais financiadores de campanha ligados à direita e a mídia do Jornalismo da Obediência jogam suas baterias para o TSE,
com o discurso de que a chapa de Dilma/Michel deve ser cassada, porque os
“sem-voto” para vencer defendem a tese de que o dinheiro recebido legalmente e
comprovado na justiça eleitoral legalmente é oriundo de propina.
Segundo os ritos da Justiça Eleitoral dinheiro de
campanha recebido e comprovado judicialmente não deve jamais ser contestado
porque é assim que funciona a lei. E dizer que apenas Dilma Rousseff recebeu
doação de campanha das empresas investigadas na Lava Jato é brincar com nossa
inteligência, pois pelo que o site “as Claras” comprova, o seu adversário
recebeu das mesmas fontes muito mais. Estão confiando demais em Gilmar Mendes como
se a política brasileira deve ser judicializada como eleição de sindicato.
Mas a grande novidade da política brasileira
agora é que com essa certeza de que Gilmar Mendes pode cassar a chapa
Dilma/Michel, e com a certeza de que com isso em noventa dias haverão novas eleições,
novos atores entram em jogo para ainda mais desestabilizar Aécio Neves ou mesmo
discutir uma vaga na chapa dele de vice. Entra em cena nada mais nada menos do
que a ex-candidata a presidente Marina Silva. Esta moça resolveu como uma
“camaleoa’ de uma hora para outra começar também a fazer política no sentido
mais baixo da palavra, ou seja, como oportunista que sempre foi resolveu dá uma
de FHC, começou a dá palpites políticos em rádios, jornais e sites
sensacionalistas.
É uma vergonha para uma mulher que a semana
passada dizia em alto e bom som que apesar de ter perdido as eleições
democraticamente, Dilma deve governar até 2018. O seu discurso na rádio Gaúcha,
bem como no IG comprova que ela enganou seus eleitores com o discurso da
chamada Nova Política, pois ela não passa de uma copia mal-feita da pior
espécie do político oportunista, egoísta, prolixo da chamada velha política
brasileira.
Resta saber se ela que descobriu agora que
pode se construir um golpe hondurenho no Brasil, vai caminhar sozinha na sua postura prolixa
de dizer que Dilma não mais governa porque não tem liderança e nem maioria no
Congresso, ou vai aliar-se ao mineiro que mora em Copacabana e que se esqueceu
de ser senador e neto de Tancredo Neves para ficar tomando uísque caro e dando
entrevistas sem sentido. Resta saber se ela vai agora contratar Silas Malafaia
para ser seu assessor político. Resta saber também se ela vai conversar com os amigos de Michel Temer no PMDB, que depois das mágoas da carta para Dilma entrou também no fogo cruzado.
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