Pular para o conteúdo principal

SERVIDÃO VOLUNTÁRIA

Por Genaldo de Melo
Resultado de imagem para capa do livro Consenso de Washington
Diante de uma discussão entre amigos este Blog foi desafiado a apresentar fatos passados sobre as privatizações no Brasil, resultado da defesa intransigente de governos das teses neoliberais do chamado Estado Mínimo.

Recorro então ao pronunciamento do ex-deputado federal Haroldo Lima (PCdoB), no Grande Expediente da sessão da Câmara dos Deputados do dia 09 de novembro de 1995. Em suas palavras em agosto de 1995, a revista Exame, em edição especial apresentou dados referentes as 500 maiores e melhores empresas do Brasil, em que 21 dessas empresas que apareceram na lista eram empresas estatais brasileiras que foram privatizadas de 1991 até agosto de 1995. Eram elas: Usiminas, CSN, Açominas, Acesita, Cosipa, CST, Piratini, Copersul, PQN, Petroflex, Poliolefinas, PPH, Polisul, Oxiteno, Politeno, Nitiflex, Cinique, Ultrafértil, Fosfértil, Embraer e Caraíba. 

Essas estatais foram vendidas na época por US$ 6,66 bilhões, dos quais somente US$ 1,19 bilhão foi pago em dinheiro vivo. o restante dos pagamentos foram feitos com "moedas podres", ou seja, com papéis e títulos que somente poderiam ser negociados 10,15 ou 20 depois. Estranho é que essas empresas tiveram no ano anterior, em 1994, lucro líquido de US$ 1,3 bilhão, e registrou um patrimônio líquido de US$ 22,3 bilhões. 

Em números arredondados o que se passou foi o seguinte: foram vendidas 21 empresas estatais brasileiras por US$ 6 bilhões, dos quais o governo somente recebeu US$ 1 bilhão em dinheiro vivo, de um patrimônio público de US$ 22 bilhões. Os responsáveis por isso tudo foram Fernando Collor de Melo, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, sendo que este último com maior responsabilidade, inclusive por ter sido Ministro da Fazenda do Governo Itamar. 

Mais absurdo ainda é que na época contratou-se para avaliar os valores das empresas aqui citadas firmas que trabalhavam exatamente para seus compradores, como foi o caso da Trevisan Consultores, que avaliou o valor da Ultrafértil. Ou seja, os governos da tese do Estado “brasileiro” Mínimo presentearam nossas empresas para financiadores estrangeiros de campanhas eleitorais! 

Agora querem voltar a fazer o mesmo a qualquer custo, voltando ao poder através de golpe hondurenho!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LITERATURA

 

A cada dia aumenta o número de pré-candidatos em Feira de Santana, agora é Dilton Coutinho

Por Genaldo de Melo Mais um nome entra na fogueira das discussões e cogitações para ser candidato ao Paço Municipal em Feira de Santana, e o assunto não deixa de ser cogitado hoje em rodas de conversas, jornais, sites e blogs, além do mundo política da cidade. Dessa vez surge como candidato o radialista Dilton Coutinho, nome bastante conhecido nos meios de comunicação local. Ontem em entrevista no seu programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira FM o deputado federal Fernando Torres (PSD) disse ser pré-candidato a prefeito, mas caso Dilton resolva ser do mesmo modo, ele oferece seu partido para abrigar o comunicador como candidato: “Eu sou pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, mas se você for Dilton Coutinho eu abro mão. O PSD está a sua disposição amigo Dilton Coutinho”, disse Fernando Torres, presidente do PSD no município. Do mesmo modo a discussão apareceu ontem na Câmara de Vereadores pela vereadora Eremita Mota (PDT e pelo vereador David Neto (PTN).

A verdade sobre o esvaziamento das palavras golpe e "Fora Temer"

Por Genaldo de Melo Com a falta de povo nas ruas a mídia trabalha constantemente o esvaziamento do sentido real da palavra "golpe" que está acontecendo de fato.  A palavra "golpe" repete-se, repete-se, e repete-se como um mantra que perdeu o significado.  Num momento tão crucial como este, em que o projeto de governo eleito pelo voto democrático está sendo trocado por outro completamente diferente e que não passou pelo crivo das urnas, substituíram as grandes mobilizações de massa pela ação individual alegórica, pois se pulverizou a indignação popular apenas na palavra “golpe” nas redes sociais e em cartazes.  É impossível não notar que isso ocorre ao mesmo tempo em que a tradicional mídia jornalística trocou a aguerrida cobertura dos acontecimentos econômicos e políticos por um atual tom de meras trivialidades.  Quem acompanha o noticiário político e econômico não deixou de perceber que a mesma indignação que impulsiona inúmeras matérias jornalísti...