Por Genaldo de Melo
A falta de opção jornalística nas redes de TV
da Bahia é de um disparate tão grande que chega realmente o chocar os
consumidores de mídia televisiva. Pode ser que realmente as televisões baianas não
tenham de fato estruturas capazes de apresentar as informações e os acontecimentos
sociais que estão em pleno vigor vinte e quatro horas por dia. Mas pelos menos
deveriam manter um esforço para a construção de um jornalismo mais qualificado,
que é de fato o que o povo precisa.
A TV Bahia, por exemplo, não faz outra coisa
além de repetir em seus programas que apresentam de manhã os mesmos fatos até três
vezes num mesmo programa. São reportagens que ela exibe no início do programa,
no meio e para terminar de novo. A grande chatice dessa televisão é repetir
todas as manhãs uma reportagem esportiva mal elaborada três vezes no espaço
temporal de uma hora e meia de jornalismo. Quando tem uma reportagem até interessante,
da mesma forma a televisão repete numa mesma manhã três vezes.
Outras televisões estão mais preocupadas com
o sensacionalismo da violência diária. São reportagens que em seu foco não
acrescenta nada na vida dos cidadãos, além de se caracterizar em verdadeiras
apologias ao crime, como se a sociedade somente constrói a violência diária. As
pessoas precisam também saber que a violência ocorre, mas não precisamos do
jornalismo da violência como se fosse as notícias cotidianas que se fazem
necessárias.
Com tantos fenômenos e fatos sérios e de
interesse que acontece em nossa sociedade, na política, na economia, e áreas
variadas que poderiam ser transformadas em informações que devem servir de
fonte de opinião para as pessoas, descobriram que apenas o medíocre futebol
baiano e a violência é que são as informações que precisamos saber todas as
manhãs, sem falar que as mesmas reportagens repetidas, também são repetidas nos
programas do meio-dia e nos programas noturnos. Misericórdia!
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