Pular para o conteúdo principal

O mais novo Al Capone de Brasília

Por Genaldo de Melo
Resultado de imagem para charges de Al Capone
A cada dia mais a coisa vai ficando estapafúrdia para o presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Eduardo Cunha, pois quando se esperava uma postura mais discreta do mesmo depois de tudo que vem acontecendo, em relação às denúncias de corrupção, ele através de seus tentáculos mostra suas garras. 

As denúncias que estão surgindo nesse momento são de uma gravidade que ultrapassa os limites do entendimento da condição humana, pois completam exatamente sete pessoas que dizem em alto e bom som que são ameaçadas inclusive de morte, através de telefonemas e também via mensagens.

Primeiro foi o principal delator da Lava Jato Alberto Youssef, que disse que foi alvo de ameaças sucessivas do deputado licenciado Celso Pansera (PMDB-RJ), aliado de Cunha, chamando-o de “pau-mandado” do parlamentar.

Segundo foi o empresário Júlio Camargo, que denunciou Cunha de ter recebido propina de US$ 5 milhões que colocou em contas na Suíça, justificando que não informou antes os repasses que o deputado teria recebido por medo de represálias.

Terceiro foi o operador do PMDB no esquema de corrupção, Fernando Soares, conhecido como Baiano, que segundo coluna de Mônica Bergamo, de julho de 2015, ele teria sido intimidado pelo peemedebista para ficar calado em suas delações.

Quarto foi o deputado federal Fausto Pinato (PRB-SP), que foi o relator do processo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Cunha, que teria sofrido ameaças, sendo abordado por um homem no aeroporto da capital paulista, além de receber recados e mensagens, citando sua família.

Quinto foi a advogada Beatriz Catta Preta, que atuava com os principais delatores do processo, que revelou que deixou as defesas por receber ameaças “veladas” e “cifradas”, que se intensificaram depois que seu cliente Júlio Camargo afirmou que Cunha recebeu US$ 5 milhões de propina do esquema de corrupção da Petrobrás.

Agora recentemente mais dois alvos da Operação Lava Jato afirmaram que foram pressionados em investigação que envolve o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Os empresários Milton e Salim Schahin, donos da empresa que leva o sobrenome da família, declararam em depoimentos que sofreram ameaças de morte por Lúcio Bolonha Funaro, apontado pela Procuradoria-geral da República como o “operador” de Cunha nos esquemas sujos de corrupção.


Salim Schahin, que firmou acordo de delação premiada, relatou que as ameaças de Lúcio Bolonha Funaro chegavam por telefone ou mensagens. Lógico, que os assuntos pessoais deles revestem-se de gravidade extrema, mas chegar ao ponto de ameaça de morte, prova que de fato estamos vivendo em um estado de exceção, em que temos um presidente da Câmara dos Deputados que mais parece um mafioso daqueles filmes de "gângster" que assistíamos em passado recente.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LITERATURA

 

A cada dia aumenta o número de pré-candidatos em Feira de Santana, agora é Dilton Coutinho

Por Genaldo de Melo Mais um nome entra na fogueira das discussões e cogitações para ser candidato ao Paço Municipal em Feira de Santana, e o assunto não deixa de ser cogitado hoje em rodas de conversas, jornais, sites e blogs, além do mundo política da cidade. Dessa vez surge como candidato o radialista Dilton Coutinho, nome bastante conhecido nos meios de comunicação local. Ontem em entrevista no seu programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira FM o deputado federal Fernando Torres (PSD) disse ser pré-candidato a prefeito, mas caso Dilton resolva ser do mesmo modo, ele oferece seu partido para abrigar o comunicador como candidato: “Eu sou pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, mas se você for Dilton Coutinho eu abro mão. O PSD está a sua disposição amigo Dilton Coutinho”, disse Fernando Torres, presidente do PSD no município. Do mesmo modo a discussão apareceu ontem na Câmara de Vereadores pela vereadora Eremita Mota (PDT e pelo vereador David Neto (PTN).

A verdade sobre o esvaziamento das palavras golpe e "Fora Temer"

Por Genaldo de Melo Com a falta de povo nas ruas a mídia trabalha constantemente o esvaziamento do sentido real da palavra "golpe" que está acontecendo de fato.  A palavra "golpe" repete-se, repete-se, e repete-se como um mantra que perdeu o significado.  Num momento tão crucial como este, em que o projeto de governo eleito pelo voto democrático está sendo trocado por outro completamente diferente e que não passou pelo crivo das urnas, substituíram as grandes mobilizações de massa pela ação individual alegórica, pois se pulverizou a indignação popular apenas na palavra “golpe” nas redes sociais e em cartazes.  É impossível não notar que isso ocorre ao mesmo tempo em que a tradicional mídia jornalística trocou a aguerrida cobertura dos acontecimentos econômicos e políticos por um atual tom de meras trivialidades.  Quem acompanha o noticiário político e econômico não deixou de perceber que a mesma indignação que impulsiona inúmeras matérias jornalísti...