Por Genaldo de Melo
Quando falamos que o jornal Folha de São
Paulo cumpre hoje um papel de formador de opinião do discurso mais atrasado que
existe no Brasil, exatamente o discurso de um Estado que seja pequeno e em
função apenas de um pequeno grupo conservador do campo econômico, através da
estrita regulação dos seus interesses particulares, falam vozes que somos radicais,
e outros aproveitam o discurso para dizer que somos próximos a “terroristas”.
Quando falamos que esse jornal familiar
comercial somente socializa o discurso de um pequeno grupo para os muitos
outros grupos da sociedade brasileira, que somente interessa mesmo apenas a
esse mesmo pequeno grupo, é porque as premissas falam por si mesmo.
No jornal
existem apenas colunistas do discurso alinhado com o Instituto Millenium e nada
mais. Não existe espaço para o contraditório em relação à defesa intransigente
da idéia de Estado Mínimo, privatização das grandes empresas para grupos “estrangeiros”,
estratégias de Downsizing e outros bichos mais da chamada globalização mundial, que somente interessa aos EUA, a certos europeus e outros “clubes” mais.
Prova mais do que cabal disso está
acontecendo nesse momento com este jornal que a maioria dos brasileiros consumidores de mídia antes de
fazer qualquer coisa, antes mesmo de começar a trabalhar pelas manhãs, tem a
obrigação quase doentia de ver seus clippings como verdades quase absolutas. O jornal
numa clara demonstração do cúmulo do ridículo em vez de procurar melhorar seu
discurso para a imparcialidade convoca o “menino Maluquinho”, Kim Kataguiri
para ser uma espécie de âncora de seus colunistas.
Não tenho nada contra o ilustre "mancebo", que
segundo a revistas “Times” é uma das pessoas mais influentes do mundo (não sei
de onde tiraram isso), mas acho que suas opiniões “plantadas e requentadas” por
adultos maquiavélicos devem ser desprezadas. Porque literalmente falando ele
somente vem completar a turma mais reacionária do Jornalismo da Obediência, exatamente aquela que tem um único lado na política.
Dizer que um garoto que através das redes
sociais colocam outros jovens das classes mais abastadas nas ruas a favor de um
discurso que provavelmente nem ele mesmo entende, por causa de sua pouca idade, é um grande colunista, é
uma verdadeira piada, é literalmente brincar com nossa inteligência. Por isso
que não tem como dizer que este jornal é parcial, pois ele é partidário e defensor apenas
dos interesses dos abastados de Copacabana e do Morumbi.
Diante desses fatos lamentáveis do Jornalismo
da Obediência é necessário dizer que no dia que os santos começarem a fazer
política Deus perderá o Céu! Mas como o desprezo é a mais política das vinganças, provavelmente gente séria consumidora do bom jornalismo não vai ser influenciado por um "Menino Maluquinho" qualquer, que resolveu que vai lançar 123 candidatos a vereadores em 23 estados brasileiros.
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