Por Genaldo de Melo
Não
tenho absolutamente nada contra as novas formas de expressão musical advindas
das periferias urbanas, especialmente de Salvador. Melhor dizendo, nada tenho
contra esse estilo musical, o novo pagode feito por grupos de jovens
desajustados e megalomaníacos, em sua grande maioria. Não tenho esse direito,
pois vivemos numa democracia, mas pessoalmente acho literalmente lixo cultural,
que banaliza a violência, a drogadição, e principalmente trata a mulher como um
objeto.
Os
produtores musicais desse estilo deveriam sim, aproveitar o momento em que esse
estilo musical, que parece que consegue ser unanimidade exatamente nas
periferias urbanas, para estabelecer parâmetros educativos através da música.
Se existe o fenômeno, que façam boas letras e eduquem nossa juventude!
O que
não pode, o que não deve, e que naturalmente é inaceitável é um movimento, que
muitos dizem ser fenômeno cultural, de forma torpe adoecer nossos adolescentes
e nossos jovens. É ridículo e totalmente intolerável que jovens que deveriam em
tese ser espelho e referência para outros, verbalizem a violência, como se
fosse a coisa mais natural do mundo, exatamente por serem considerados fenômeno
cultural.
A
sociedade motivada pelo Estado precisa urgentemente tomar uma posição, pois
correremos o risco de ver em pouco tempo essa geração de jovens e adolescentes
começarem a fazer a mesma coisa. Porque é fato sociológico que estes repetem os
comportamentos dos seus ídolos. E são ídolos falsos que levam todos para o
inferno!
Já
imaginou ali na frente no tempo a mentalidade da juventude que assimila
comportamentos de ídolos que são drogaditos e estupradores verbais? Estaremos
todos literalmente perdidos!
Continuo
dizendo que nada tenho contra qualquer tipo de estilo musical. Mas tenho sim
resistência à drogadição, ao estupro, à violência sexual e a banalização da
mulher em letras de músicas, que afinal de contas conseguem inclusive formar
opinião negativa em jovens e adolescentes de nossas periferias urbanas. Não
tenho resistência a raciocínio, mas desculpe o que é feio, pois o belo como
dizia Vinicius é fundamental.
Tenho
horror à ideia de que meus filhos e os filhos de minha geração possam ser
limitados social e intelectualmente, porque uns poucos malucos só pensam em
ganhar dinheiro, e outros sem idade para nada, apenas para a fama, apresentam
como referência a música de péssima qualidade, de péssimo gosto, e
principalmente que incentivam a violência sexual. Na minha humilde opinião sexo
tem que ser de consenso e não na força bruta como coisa de animais!
E música tem que ter qualidade, senão não passa de lixo para os ouvidos e para
a alma.
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