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O príncipe das contradições ambulantes

Por Genaldo de Melo
 
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Mais uma vez indiscutivelmente Fernando Henrique Cardoso, que já foi considerado pelos seus melhores amigos do mundo político como príncipe da sociologia brasileira, no auge das suas tantas contradições resolve de novo investir com seus escritos no processo de convencimento dos seus de que Dilma Rousseff deve deixar de fato o Governo, porque representa o atraso político, a mesmice que não houve nem em seu governo, como também no governo de Lula (de Lula mesmo, ele reconhece isso!).

A contradição dele é porque recentemente depois de tanto insistir na tese do golpe ele começou a dizer para a sua turma que não caberia mais derrubar Dilma Rousseff, através do impeachment, e agora de novo volta com seu discurso nas entrelinhas de que esse governo não serve e deve acabar. 

Ele agora fala em desmontar a farsa lulopetista de que não existe essa de diferença entre ricos e pobres, bons e maus, esquerda e direita, porque segundo ele a partir da entrevista dada às páginas amarelas da “Veja”, na semana passada, por José de Sousa Martins, importante sociólogo e insuspeito de ser “de direita”, a dicotomia direita/esquerda provém da metamorfose do pensamento católico, que separa os bons dos maus, os fiéis dos que não crêem. Há na matriz do petismo um reducionismo que transforma os adversários em inimigos e tem dificuldade de lidar com nuances de opinião, segundo ele, e por isso deve deixar a história.

Pode até ser que sua turma de novo comece freneticamente a defender a tese do golpe a partir de sua opinião e da sandice eterna de Aécio Neves que ao perder a eleição para presidente deixou de ser senador para ser eterno militante da idéia de governar a qualquer custo sem voto. Mas para outros que têm um pouco de juízo para raciocinar “cartesianamente” o que FHC vem fazendo nos últimos tempos, mudando de opinião a cada vez que escreve seus artigos, que por sinal bem elaborados, ele deixa de ser considerado como o príncipe da sociologia para ser o príncipe da contradição ambulante.

Mas ele não deixa de ter suas razões no seu elétrico desespero de quem tem idade de não poder ver seu grupo político voltar a governar o Brasil através das urnas. Por essas razões é que ele e sua turma aliados aos setores empresariais mais atrasados que só pensam no dinheiro do Estado para si mesmos, e da mídia do Jornalismo da Obediência que é coordenada por apenas seis famílias, estão numa perseguição infernal e doentia contra o chamado lulopetismo que por quatro vezes seguidas ganhou as eleições nas urnas. 

Injustiças à parte contra apenas uma pessoa, o Lula, que não pode como as outras pessoas comprar um apartamento, um sítio ou mesmo um barco de lata, o que eles estão fazendo pode ser ainda mais perigoso, porque com tanta perseguição a apenas um homem, o povo pode começar a enxergar nisso falta de competência política e de novo abarrotar as urnas de votos para o rosto de quem vai aparecer nas urnas eletrônicas em 2018 contra eles todos.

Parece que a inteligência de FHC começa de fato a encolher dada a avançada idade que lhe cobre as costas, porque se cada mês quando escreve seus artigos muda de opinião é porque deve ter alguma coisa errada. Se apenas um homem lhe faz tanto medo, é porque por causa de sua idade avançada a morte pode lhe chegar e ele não ver Aécio Neves, ou José Serra ou Geraldo Alckmin governar o Brasil. Vida que segue D. Fernando!

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