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A saída constitucional nesse momento de crise é mais um grave erro

Por Genaldo de Melo

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A chamada saída constitucional depois da inevitável queda de Michel Temer, que está sendo defendida nesse momento pela base aliada, conforme a Globonews, com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia DEM/RJ) assumindo por trinta dias, e depois convocando eleições indiretas para escolher o próximo presidente que governará até o final de dezembro de 2018, não é definitivamente a saída mais correta num momento em que estamos vivendo a maior crise política da história do Brasil.

Rumores dão conta de que se pode sair desse processo um nome que possa unificar o Brasil em torno de uma solução da crise até as próximas eleições presidenciais, que será legitimamente através do voto direto, conforme reza a própria Constituição Federal. Mas provavelmente não será nesse momento a saída mais correta, pois conforme as últimas pesquisas, 85% dos brasileiros não querem que esse Congresso Nacional seja o responsável pela escolha desse novo presidente por vir.

Num contexto em que o Congresso está literalmente desmoralizado, com vários de seus membros envolvidos nas mais sujas manobras políticas desse país, somente pode aparecer um nome que não seja sério, e que provavelmente vá de novo fazer negociata por votos dos membros do Congresso Nacional. Será de novo vergonhoso, e continuaremos de novo na grave crise institucional que vivemos.

Como alguns atores políticos estão querendo impor tacitamente através da opinião pública o nome da presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lúcia, aí é que teremos mais distúrbios, até porque como ela não é mundo político, para governar terá que utilizar a força do juridicismo, o que naturalmente poderemos descambar para um terreno muito perigoso. Se já estamos vivendo uma crise, por que então confundir os poderes da Republica? Mas estão dizendo que ela se reuniu com o conselheiro dos tucanos FHC e com empresários secretamente, para discutir ninguém sabe o quê...!

Não adianta nesse momento crítico, em que as próprias forças políticas que promoveram os distúrbios institucionais, se arvorarem no direito de querer cumprir as regras constitucionais num regime de exceção, quando os mesmos em nenhum momento cumpriram o que reza a Constituição Federal. Esse é momento histórico de ouvir o povo, e o povo quer votar em seu presidente legítimo, já que a maioria dos votos de 2014 foi jogada no lixo da história.

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