Por Genaldo de
Melo

Geraldo Alckmin
se esqueceu de que o discurso de seu pupilo, João Dórea, de que era gestor e
não político era somente estratégia de campanha para vencer as eleições
municipais da capital paulista, quando parcela dos paulistanos ainda estavam
embriagados com o discurso da imprensa tradicional demonizando a política. E
agora está começando a pagar o preço por confiar demais em lobista, que sempre
utilizou os espaços políticos para angariar sua bela riqueza sem nenhuma roça,
nenhuma empresa, aliás, sem produzir nada.
Com seu nome
caindo em desgraça em função das delações da Operação Lava Jato,
Alckmin está sendo substituído aos poucos pelo discurso do “novo” na
política. O recado foi dado recentemente em entrevista pelo conselheiro dos
tucanos, Fernando Henrique Cardoso, quando disse que o prefeito de São Paulo
representa o novo na política. Uma alfinetada e tanto em quem ainda pensa em
ser Presidente da República, passando pelas urnas!
Segundo a Folha de
São Paulo, se João Dórea está se impondo nesse processo como provável candidato
à presidência, então deve ser tratado como traidor, tanto que o governador
liberou sua cavalaria para atacar a pressa do prefeito do discurso do “apolítico”.
Tanto que está virando até piada entre os parlamentares em Brasília o simbólico
embate entre o governador e o prefeito, segundo os quais ele deve ter cuidado
para que João Dórea recuse lhe dá carona em seu jatinho.
Alckmin, velha
raposa da política paulista, e brasileira, pensou que o discurso de um lobista
ficaria somente reduzido a capital. Ledo engano! Dórea é mais ambicioso do que
se pensa, e pelo andar da carruagem e pelos espetáculos que promoveu até
recentemente, não deixa dúvidas, ele é político e quer sim ser maior do que
simplesmente prefeito de São Paulo. E agora Geraldo?
Comentários
Postar um comentário