Pular para o conteúdo principal

O feitiço de Reinaldo Azevedo voltou contra ele mesmo

Por Genaldo de Melo
Não comungo com o ódio que deliberadamente foi construído a partir dos resultados das eleições de 2014, pela Rede Globo para dividir as classes dos pilares mais baixos da sociedade brasileira, e pela revista Veja para dividir a classe média, leitora da revista.

Absolutamente não comungo com o ódio construído na sociedade brasileira que dividiu a população em dois blocos distintos. Ou seja, aqueles que passaram a atacar e a odiar o Partido dos Trabalhadores, Lula e a esquerda em geral, e aqueles que passaram a defendê-los.

Mas um dos principais mentores dessa onda de opinião que virou corrente, que também politicamente dividiu a nação brasileira, foi exatamente o jornalista Reinaldo Azevedo, o agora ex-pseudo-intelectual da revista Veja.

O jornalista que “babava” de ódio, agora foi pego pela Polícia Federal de segredos estranhos com a presidiária Andrea Neves, irmã do “homem de bem”, Aécio Neves, e teve os áudios telefônicos revelados da mesma forma que fizeram com Dilma Rousseff. E esse mesmo jornalista defendeu em passado recente, exatamente isso, que a Procuradoria Geral da República fizesse com a ex-presidente o que fizeram com ele agora.

Nada contra Reinaldo Azevedo (pois não cultivo o ódio como prática), mesmo repudiando a atitude da medida de exceção na liberação dos grampos de um jornalista, pelo agora “Estado Policial” segundo o mesmo nas entrelinhas de suas notas, mas não posso ficar defendendo, como tantos jornalistas e formadores de opinião, o agora desempregado jornalista.

É o feitiço voltando contra o próprio feiticeiro! Naturalmente que a atitude da PGR e da Polícia Federal abre um leque perigoso para quem forma opinião, porque ficam todos desconfiados de que podem está sendo grampeados, sendo a qualquer momento revelado para o Brasil determinadas opiniões pessoais, que os jornalistas como homens públicos que são, gostariam de manter em segredo.

Mas também a atitude provou para determinados jornalistas de direita, que num estado de exceção em que a prerrogativa é eliminar politicamente a esquerda brasileira, ninguém é imune, pois todos são descartáveis. E vida que segue!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LITERATURA

 

A cada dia aumenta o número de pré-candidatos em Feira de Santana, agora é Dilton Coutinho

Por Genaldo de Melo Mais um nome entra na fogueira das discussões e cogitações para ser candidato ao Paço Municipal em Feira de Santana, e o assunto não deixa de ser cogitado hoje em rodas de conversas, jornais, sites e blogs, além do mundo política da cidade. Dessa vez surge como candidato o radialista Dilton Coutinho, nome bastante conhecido nos meios de comunicação local. Ontem em entrevista no seu programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira FM o deputado federal Fernando Torres (PSD) disse ser pré-candidato a prefeito, mas caso Dilton resolva ser do mesmo modo, ele oferece seu partido para abrigar o comunicador como candidato: “Eu sou pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, mas se você for Dilton Coutinho eu abro mão. O PSD está a sua disposição amigo Dilton Coutinho”, disse Fernando Torres, presidente do PSD no município. Do mesmo modo a discussão apareceu ontem na Câmara de Vereadores pela vereadora Eremita Mota (PDT e pelo vereador David Neto (PTN).

A verdade sobre o esvaziamento das palavras golpe e "Fora Temer"

Por Genaldo de Melo Com a falta de povo nas ruas a mídia trabalha constantemente o esvaziamento do sentido real da palavra "golpe" que está acontecendo de fato.  A palavra "golpe" repete-se, repete-se, e repete-se como um mantra que perdeu o significado.  Num momento tão crucial como este, em que o projeto de governo eleito pelo voto democrático está sendo trocado por outro completamente diferente e que não passou pelo crivo das urnas, substituíram as grandes mobilizações de massa pela ação individual alegórica, pois se pulverizou a indignação popular apenas na palavra “golpe” nas redes sociais e em cartazes.  É impossível não notar que isso ocorre ao mesmo tempo em que a tradicional mídia jornalística trocou a aguerrida cobertura dos acontecimentos econômicos e políticos por um atual tom de meras trivialidades.  Quem acompanha o noticiário político e econômico não deixou de perceber que a mesma indignação que impulsiona inúmeras matérias jornalísti...