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Se não pode prender Lula então não pode ser maior que o STF

Por Genaldo de Melo
Não precisa ser muito inteligente, basta não resistir a raciocínio, para compreender que a Operação Lava Jato de Curitiba, que deveria ser o grande passo para se combater a corrupção no Brasil, acabou virando um circo de espetáculos grosseiros apenas contra certos empresários e membros da esquerda, com exceção da prisão preventiva de Cunha como bode expiatório.

Enquanto todos esses espetáculos serviam apenas para atingir a imagem política de Lula, ninguém se preocupou em exigir seu desfecho, nem mesmo o Supremo Tribunal Federal, que passou a ser apenas uma espécie de coadjuvante jurídico para os procuradores de Curitiba.

Quando o caldo começa a engrossar contra membros do pescoço grosso dos partidos políticos (leia-se PMDB, PSDB e DEM) amigos do mercado, da impressa tradicional e da parcela política do judiciário, e com riscos iminentes de atingir inclusive membros desse judiciário, como arrisca algumas vozes, nas entrelinhas das últimas decisões o STF indica que o problema iniciado por Sérgio Moro seja logo resolvido.

Ou seja, parcela do Supremo Tribunal Federal resolveu acabar com a farra do instrumento das prisões preventivas, que deram sustentação a todo o aparato dos procuradores de Curitiba, assumindo de vez seu papel de Supremo, e não de coadjuvante.

A soltura de vários presos nos últimos dias, inclusive de José Dirceu, foi o recado mais claro e simbólico de que se Moro não consegue prender Lula, então é melhor parar de querer ser maior do que o STF. A Lava Jato acabou mostrando uma face que não combina com o discurso de combate à corrupção, a face de um judiciário apequenado querendo fazer política.

E o voto de Gilmar Mendes em favor do habeas-corpus para libertar Dirceu de Curitiba, dizendo que novas denúncias contra ele não passam de brincadeira de jovens procuradores, foi um claro e duro recado para que se estes querem aparecer precisam primeiro crescer, porque o STF é bem maior que Curitiba. Assim começa o adeus da parcialidade da Lava Jato!

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