Por Genaldo de Melo

Se a sociedade brasileira está dividida politicamente sob a influência daqueles que não mais concordam com o conceito democrático de que a maioria do povo é quem decide quem governa, mesmo assim isso não serve como premissa para que pessoas ignorantes possam agredir os outros.
Se os rigores da lei ultimamente somente servem como instrumento de justiciamento de alguns mentecaptos que se acham superiores na sociedade brasileira, o resto maior da sociedade deve reagir a altura para que esses mesmos rigores punam exemplarmente quem acha que pode agredir uma autoridade como Olivia Santana, Secretária Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte na Bahia, simplesmente porque ela é mulher, negra e comunista.
Se de forma ignorante, influenciada pela imprensa tradicional que trabalha para que todos não respeitem o resultado do jogo eleitoral da democracia, pessoas que "inconscientemente" (?) são adeptas do neofascismo acham que podem desrespeitar uma autoridade por ser comunista, não se pode e não se deve jamais deixar isso cair no vão do riso e do esquecimento.
Não pode somente ser Olivia Santana a tomar uma atitude contra a agressão sofrida, pois isso deve ser no momento uma obrigação de todos aqueles que defendem a liberdade de todo mundo ser o quiser desde que respeite aos demais. Se deixarmos sem fazer nada que pessoas possam agredir verbalmente uma mulher como Olivia, por ser mulher negra e comunista, regrediremos na história cem anos.
É inadmissível aceitar de bom grado um governo golpista como esse coordenado por Michel Temer e sua quadrilha fazer o que quiser contra a maioria, e ter gente em nome da minoria agredindo quem faz mais pela maioria. Independentemente de quem seja, se pobre ou rica, a agressão à Olivia Santana deve se punida, para servir de exemplo de que temos que voltar a ser uma sociedade pacífica, mas que seja para todos.
É bom que se saiba muito bem que Olivia Santana não está sozinha na Bahia. Ela além de ser Secretária de Estado do governo de Rui Costa, eleito pela maioria dos baianos, ela é o símbolo político de quem vive na favela, de quem vive na classe média que não compreendeu ainda o conceito de democracia, e mesmo com o novo neofascismo, ela é representante dos baianos. Viva Olivia!
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