Por Genaldo de Melo

Depois das eleições de 2014 em que Marina
Silva arrebanhou milhões e milhões de votos dos brasileiros mais desinformados
sobre a real condição dela como candidata, e de como ela passou a representar
da mesma forma que os candidatos da direita, apenas os interesses de seus
financiadores de campanha, que a cada vez que ela aparece e abre sua verborréia
ao público, perde literalmente o controle das “velas em alto mar”. Parece que a
fada do Acre está imitando FHC quando opina sobre os bastidores da política
brasileira.
Ela tinha tudo para ser de fato um
contraponto aos governos petistas, até mesmo porque como petista que foi
deveria conhecer muito bem os meandros do funcionamento desses governos de que
ela mesma fez parte como Ministra do Meio Ambiente. Mas na ânsia de voltar a
qualquer custo ao cenário montado em Brasília, cometeu o seu mais grave erro,
que foi apoiar o mineiro que foi pego com “as moedas nas mãos” e caminha para
seu ostracismo político em Minas Gerais.
Parece que Marina Silva não entendeu, como
outros pré-candidatos que ainda não entenderam o que significa o resultado de
todas pesquisas eleitorais, que ao bater em Lula não se conquista o eleitorado
deste, caso ele não seja candidato como quer o judiciário político brasileiro.
Fica parecendo que ela é quem deve assessorar seus assessores, porque se
ninguém diz para ela isso, ela vai se afogar junto com suas velas perto da
praia.
Ao dizer nas entrelinhas de sua entrevista ao
Estadão que Lula deve ser preso porque a sua condenação foi técnica, mesmo que o
apartamento como prova não pertença a Lula (conforme atestam todos os juristas
sérios), ela comete o erro de tratar aos eleitores do lulismo como
uma massa de mentecaptos que foram enfeitiçados pelo mesmo, que não conseguem
mais pensar, mesmo com todo o aparato midiático vinte e quatro por dia tratando
o ex-Presidente como um bandido.
Marina Silva com isso não conquista nenhum
lulista, principalmente quando se ver que mesmo que a Folha de São Paulo sabote
seu próprio Datafolha, Lula mesmo não sendo candidato quem ele apoiar chegará do
mesmo modo na frente de todos. Se ela aceitasse conselho, ela deveria ouvir
mais seu amigo Silas Malafaia, ou talvez se candidatasse a um mandato de deputado
federal, para não ficar de fora das decisões de Brasília, porque presidente do
país pelo visto ela não ser é nunca!
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