Por Genaldo de Melo

A política como coisa em si é uma arte para
poucos que sabem como ela funciona com suas vitórias e suas agruras. São poucos
os que se arvoram a transitar no mundo político, porque os caminhos percorridos
são todos tortuosos.
Como na política a menor distância não é a
linha reta, quem entra nela e não sabe disso corre sérios riscos de ser
queimado sem ver o fogo. Nos tempos recentes vimos dois casos interessantes de
quem se arvora na política, e tem que tomar a
decisão de ou ficar nela ou sair dela, porque ela exige exclusividade.
Trata-se da participação na política de
notórios magistrados. No caso o atual governador do Maranhão, Flávio Dino, e do
"homem espetáculo" da Rede Globo coordenador da famosa Operação Lava
Jato, o juiz Sérgio Moro.
No caso de Flávio Dino, ele largou a
magistratura, porque entendeu que lugar de juiz não é na política. Então
preferiu a política ao judiciário, e naturalmente tornou-se um dos melhores
administradores públicos do Brasil. Venerado politicamente cacifando-se para
reeleição simbólica num Estado que sempre foi dominado por uma única família durante
décadas.
No caso de Sérgio Moro a mosca azul lhe
mordeu a alma, e não entendendo nada de política assumiu o papel de ser
instrumento de forças políticas que por quatro eleições seguidas foram
derrotadas nas urnas. E vem se dando bastante mal.
Sérgio Moro mexeu num vespeiro de abelhas
tocando fogo, e se esqueceu que as abelhas sempre reconstroem suas colmeias.
Atingindo em cheio em seu intento está a caminho de tirar do jogo eleitoral de
2018 a maior liderança da história recente da política brasileira, que é Lula.
Porém como ele não é político e continua
juiz, vai se queimar aos poucos sem enxergar o fogo, e quem é da política vai
continuar fazendo política com fogo para queimar. E como ele sem ser político
tornou-se adversário político de forças políticas, já começou a receber os
primeiros ataques.
Para terminar logo isso, o auxílio-moradia
que ele recebe trabalhando e tendo residência fixa em Curitiba (moralmente ruim
para quem discursa moralismo), e o subfaturamento de um apartamento triplex,
também em Curitiba, já são suas primeiras dores de cabeça por causa da
política. Provavelmente não ficará só nisso, porque política tem revanche!
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