Por Genaldo de Melo

Desde que as forças ronaldistas assumiram a hegemonia política em Feira de Santana, que em todas as eleições são eleitos peremptoriamente em torno de quatro deputados para a Assembléia Legislativa. Muito pouco para a dimensão política do município, para seu tamanho eleitoral, bem como para sua importância como grande centro regional.
Mesmo sendo eleitos a maioria de ronaldistas, imperiosamente as forças de oposição sempre imprimiram a marca de eleger um deputado estadual. O agraciado pelas urnas tem sido sempre o deputado estadual Zé Neto, que sempre tem a façanha de ultrapassar a marca dos 10% dos eleitores locais.
Outros nomes tentaram, mas não chegaram perto do petista, que foi o caso do comunista Messias Gonzaga em 2006, e do socialista Jonathas Monteiro nas últimas eleições. Apenas Angelo Almeida conseguiu, apesar de suplente, ser também representante da esquerda no município nesse último período.
Nessas eleições de 2018 apesar da quase esmagadora maioria eleitoral dos ronaldistas, pelo menos em tese, todos aqueles que pensam o processo eleitoral sabem que as coisas não serão do mesmo modo que das eleições anteriores, porque a crise política que estamos vivendo nos remete a um estado de exceção e a muitas incertezas quanto às urnas.
A grande novidade do processo é a saída de Zé Neto como candidato a deputado federal e apoiando não um nome que seja natural do município. Fato que abre uma brecha políticamente muito grande para que outros nomes de seu partido, ou das forças aliadas possam capitalizar eleitoralmente o discurso antironaldista e vencer nas urnas.
É natural o crescimento eleitoral do deputado estadual Angelo Almeida, mas não deixa de ser verdade que as possibilidades de crescimento de forças como do PdoCB e do PSOL, são amplas e notórias. Desaparecido da imprensa local, não se sabe ainda a extensão e o tamanho que caberá ao PSOL nessas eleições. Quanto ao PCdoB, mais organizado, nesse momento pode ser a grande novidade das eleições.
A certeza é que pelos rumores das ruas, dessa vez às forças de oposição ao Ronaldismo elegerão dois nomes para representar Feira de Santana, e pelo andar da carruagem esses mesmos não serão mais necessariamente do seio petista. Mas vamos esperar os resultados das urnas prá ver!
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