Por Genaldo de Melo
Para quem não conhece
e não vive os meandros do mundo político, ele parece mesmo coisa de gente sem
escrúpulos, de gente que não vale um tostão, que se locupleta com a coisa
pública, bem como simplesmente entra no mesmo apenas para roubar, falando
literalmente.
Para muitos que não
entendem que tudo gira em torno de regras e leis, que quem mantém isso é a
própria política, a mesma parece coisa do demônio. E quem entra nela acaba
sendo compreendido como “farinha do mesmo saco”, justamente porque existe no
mundo político maus-elementos.
Mas é bom que saibamos
que a luta política que acontece 24 horas por dia, existe exatamente para que
algum grupo político possa administrar a coisa pública em tese para o bem dos
muitos que fazem a roda da história girar. E ainda mais é bom que saibamos que
no mundo político também tem gente boa que pensa nos outros, bem como no papel
que deve exercer para o bom funcionamento da máquina pública.
Digo isso, porque nos
últimos dias venho ouvindo muita falácia a respeito das posições dos homens públicos
na Bahia, especialmente em relação ao município de Feira de Santana. São rumores
sem cabimento e sem lógica aparente, considerando que o povo em si é quem sofre
ou se beneficia das decisões daqueles que se dizem, a partir dos votos que
tiveram nas urnas, representantes legítimos para tomar as decisões políticas
que interessam a todos, sem distinção de credo, cor ou condição socioeconômica.
Compreendendo a política
como coisa em si, acho essencialmente ridículo que não haja uma boa relação institucional
e administrativa entre o Governo Estadual e o Governo Municipal, ambos de
credos políticos diferentes, mas ambos representantes legítimos do povo de
Feira de Santana, que nas duas últimas eleições lhes abarrotaram as urnas de
votos, confiando naturalmente no bom senso e na capacidade de politicamente
ambos governarem para todos.
O PT e o DEM não
podem considerar Feira de Santana apenas como um laboratório para seus projetos
de poder, porque o município é muito mais do que apenas grupos políticos
antagônicos. O município é um grande laboratório sim, de pessoas diversas que
devem conviver entre si, e considerando que o poder político deve servir para
todos.
Dizer que o Governo
do Estado por sua natureza deve abandonar Feira de Santana, porque o Partido
que lhe coordena hoje, não fez o prefeito local, não é nem político e nem inteligente!
Dizer que o Governo Municipal não precisa daquele outro é tão falacioso quanto egoísta,
porque a administração deve vim em primeiro lugar e 2014 deve ficar para
segundo plano!
Como começou
recentemente a nova administração municipal, esperamos todos que pelo bem de
Feira de Santana e de seu povo que haja diálogo coerente, apesar da política
como coisa em si.
Mas não acho que num
momento histórico em que estamos prestes a receber na Bahia um dos maiores
espetáculos, fomentador de turismo, que é a Copa do Mundo de Futebol de 2014,
os atores políticos possam protagonizar a política como coisa de gente que não
presta, como coisa de Typhoon Baphomet. A
política nesse momento deve ser para todos e que os bastidores que se resolvam!
É ver prá crer!
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