Por
Genaldo de Melo
Se já não nos bastava o
valor considerado alto do IPVA, que deveria em tese servir para que tivéssemos
na Bahia rodovias federais e estaduais mais conservadas e de boa qualidade,
agora baianos, e qualquer cidadão, que circulem pela BR 101 terão que
reembolsar muito dinheiro para chegar ao Extremo Sul do Estado.
Saindo da Princesa do Sertão
até a divisa do Estado em Mucuri os condutores/as terão que reembolsar muitos
vinténs em nove praças de pedágios na citada BR Federal. As praças serão
instaladas em São Gonçalo dos Campos (R$ 3,80), em Conceição do Almeida (R$
6,40), em Wenceslau Guimarães (R$ 6,80), em Ubaitaba (R$ 6,70), em Buerarema
(R$ 7,20), em Mascote (R$ 7,50), em Itabela (R$ 6,20), em Itamaraju (R$ 5,90),
e em Caravelas (R$ 7,10).
Desse jeito se quisermos,
por exemplo, visitar Caravelas considerada a primeira parada dos portugueses em
terras tupiniquins, teremos que de fato reembolsar R$ 57, 60 para chegar lá e a
mesma quantia para está de volta em nossa Feira de Santana.
Boa estrutura de regulação
essa da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)! Entre um espaço de
pista de rolamento totalizando 770 km, abrangendo 52 municípios baianos o povo
terá reembolsar tanto dinheiro para transitar em vias públicas, considerando
que já paga o IPVA para isso! É uma grande madrinha...
Segundo a ANTT o leilão da
privatização desse bem público que é a BR 101 acontecerá em maio próximo para
escolher a empresa administradora e o contrato de início da concessão começará
em setembro desse mesmo ano.
Quem quiser sair ou entrar
em nosso Estado pode gerar de lucro para a empresa vencedora do leilão cerca de
R$ 10 bilhões, segundo estimativas. A concessão terá o prazo de 25 anos e a
empresa vencedora terá a obrigação de fazer em cinco anos a duplicação do
trecho, implantar 22 passarelas, fazer 50 interseções e 54,4 km de vias
marginais em travessias urbanas, bem como realizar 36 beneficiamentos em
acessos. E para iniciar a cobrança das tarifas terá que ser feito a duplicação
de 10% e a conclusão dos trabalhos iniciais do sistema rodoviário. O
investimento previsto é da ordem de R$ 3,5 bilhões com custos operacionais de
R$ 2 bilhões.
Como perguntar não ofende,
será que todo esse investimento inicial que proporcionará riquezas infindas
para a empresa vencedora do leilão virá dos cofres do Governo via BNDES?
Vem cá, depois de tanto
estardalhaço..., isso não é Consenso de Washington?
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