Governo reajusta benefícios do INSS em 6,2%--DOU
SÃO PAULO, 11 Jan (Reuters) - O governo publicou no Diário
Oficial da União desta sexta-feira reajuste de 6,20 por cento nos benefícios
pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a partir do início deste
mês, após ter aprovado no final do ano passado aumento do salário mínimo para
678 reais.
Segundo a portaria publicada pelos Ministérios da Fazenda e da Previdência
Social, "o salário-de-benefício e o salário-de-contribuição não poderão ser
inferiores a 678,00 reais, nem superiores a 4.159 reais".
Na véspera, o ministério da Previdência afirmou que com a correção de 6,20
por cento, os 9,2 milhões de benefícios acima do piso previdenciário
representarão impacto líquido de 9,2 bilhões de reais.
A pasta informou também que o novo salário mínimo de 678 reais atinge 20
milhões de benefícios e representa impacto líquido de 10,7 bilhões de reais nos
benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) em 2013.
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Renan Calheiros é suspeito de crime ambiental
João Domingos, Agência Estado
Foto: Agência Senado
Senador Renan Calheiros (PMDB-AL)
A Procuradoria-Geral da República requereu ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para investigar se o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), cometeu crime contra o meio ambiente e o patrimônio genético em uma unidade de conservação em Alagoas. Renan é potencial candidato à presidência do Senado, cargo que já ocupou e do qual se afastou em 2007 depois de denúncias de que uma empresa pagava a pensão alimentícia à mãe de uma filha fora do casamento. No pedido de investigação contra Renan, o Ministério Público o aponta como responsável por pavimentar com paralelepípedos uma estrada de 700 metros na Estação Ecológica Murici, administrada pelo Instituto Chico Mendes, no município de Flexeiras, a 66 quilômetros de Maceió, sem que o órgão tenha sido consultado. O MP afirma que Renan é proprietário da Agropecuária Alagoas Ltda, responsável pela construção da estrada. A notícia do novo pedido de investigação contra Renan foi publicada nesta quinta-feira pelo site Congresso em Foco. A investigação depende de autorização da ministra Cármen Lúcia. Leia mais no Estadão.
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Moradores de quilombo dizem que Marinha está agindo com violência
Foto: Lúcio Távora/Agência A Tarde/AE
Quilombolas em protesto contra a Marinha
Os moradores da Comunidade Quilombola de Rio dos Macacos, localizada ao lado da Base Naval de Aratu, em Salvador – onde a presidente Dilma Rousseff passou a virada de ano –, afirmam que as ações de violência por parte de integrantes da Marinha contra cerca de 500 habitantes foi intensificada nos últimos dias. O motivo seria represália contra uma manifestação feita por cerca de 40 integrantes da comunidade no último dia 2, na Praia de São Tomé de Paripe, vizinha à Praia de Inema, que integra a base. Segundo a coordenadora da associação dos moradores da comunidade, Rose Meire dos Santos Silva, de 34 anos, as ações de intimidação por parte dos militares, motivo principal da manifestação, se tornaram mais frequentes a partir do dia 3. “Já naquele dia, eu e dois dos meus irmãos fomos impedidos de entrar na comunidade por homens fardados, que chamaram reforço da Polícia Militar”, conta. “Eles foram violentos, até quebraram uma máquina fotográfica que a gente levava.” Leia mais na Tribuna.
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Aumento de etanol na gasolina para 25% só depende de Dilma
Produtores de álcool aguardam o sinal verde da presidente Dilma
Rousseff para aumentar a mistura de etanol na gasolina dos atuais 20% para 25%.
Todos os estudos técnicos já foram encerrados pelos ministérios envolvidos,
segundo fontes de vários deles, e até a portaria que determina a volta da fatia
maior de álcool já está pronta.
Leia também:Fipe: relação de etanol e gasolina beira 70% em SP
The Economist fala que Dilma despertou para privatização
Prazo para pagamento do IPVA com desconto vence nesta sexta
Essas fontes acreditam que o Planalto anunciará a medida junto com o inevitável aumento da gasolina. Assim, o impacto da alta aos consumidores seria, em parte, atenuado por uma redução de preço do biocombustível.
O ministério mais empenhado no retorno dos 25% é o da Agricultura. Desde outubro do ano passado, a Pasta já tinha apreciado possíveis obstáculos para que o aumento ocorresse logo.
Ainda que na ocasião já se soubesse que a ampliação do mix fosse ocorrer apenas quando a safra de cana-de-açúcar estivesse a todo o vapor, em junho deste ano, a intenção de alta pelo governo já seria um sinal positivo para que as usinas investissem mais nos canaviais e se preparassem para o crescimento da demanda. A ideia era deixar a possibilidade de antecipação da entrada em vigor do novo porcentual conforme o andamento do cultivo.
O Brasil diminuiu a quantidade de etanol na gasolina, de 25% para 20%, em outubro de 2011. No ano passado não houve espaço para a volta do porcentual maior porque, com a quebra de safra de cana na Índia, os usineiros brasileiros direcionaram a produção para o açúcar e voltaram-se para as exportações em um momento de baixa oferta mundial. Com isso, os preços internos seguiram pressionados.
Aval técnico. Além de um cenário maior de previsibilidade para os produtores, outro ponto positivo para o governo com a volta dos 25% é o menor impacto das importações de combustíveis sobre a balança comercial, que iniciou o ano com déficit de US$ 100 milhões. Ainda que a necessidade de compra externa não acabe com mais etanol na gasolina, qualquer redução é vista como ajuda. Participantes do Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (Cima) já deram o aval técnico para o Planalto mexer na mistura.
Há seis meses, o ministro do Minas e Energia, Edison Lobão, já havia afirmado que o governo poderia aumentar o mix assim que a produção de cana deslanchasse para níveis considerados adequados.
Nesta quinta, a União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica) informou que as usinas do Centro-Sul venderam 4,05% mais etanol de abril até 31 de dezembro de 2012, na comparação com igual período de 2011. O volume chegou a 16,84 bilhões de litros, sendo 2,88 bilhões de litros para exportação e 13,95 bilhões de litros para o mercado interno.
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The Economist fala que Dilma despertou para privatização
Prazo para pagamento do IPVA com desconto vence nesta sexta
Essas fontes acreditam que o Planalto anunciará a medida junto com o inevitável aumento da gasolina. Assim, o impacto da alta aos consumidores seria, em parte, atenuado por uma redução de preço do biocombustível.
O ministério mais empenhado no retorno dos 25% é o da Agricultura. Desde outubro do ano passado, a Pasta já tinha apreciado possíveis obstáculos para que o aumento ocorresse logo.
Ainda que na ocasião já se soubesse que a ampliação do mix fosse ocorrer apenas quando a safra de cana-de-açúcar estivesse a todo o vapor, em junho deste ano, a intenção de alta pelo governo já seria um sinal positivo para que as usinas investissem mais nos canaviais e se preparassem para o crescimento da demanda. A ideia era deixar a possibilidade de antecipação da entrada em vigor do novo porcentual conforme o andamento do cultivo.
O Brasil diminuiu a quantidade de etanol na gasolina, de 25% para 20%, em outubro de 2011. No ano passado não houve espaço para a volta do porcentual maior porque, com a quebra de safra de cana na Índia, os usineiros brasileiros direcionaram a produção para o açúcar e voltaram-se para as exportações em um momento de baixa oferta mundial. Com isso, os preços internos seguiram pressionados.
Aval técnico. Além de um cenário maior de previsibilidade para os produtores, outro ponto positivo para o governo com a volta dos 25% é o menor impacto das importações de combustíveis sobre a balança comercial, que iniciou o ano com déficit de US$ 100 milhões. Ainda que a necessidade de compra externa não acabe com mais etanol na gasolina, qualquer redução é vista como ajuda. Participantes do Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (Cima) já deram o aval técnico para o Planalto mexer na mistura.
Há seis meses, o ministro do Minas e Energia, Edison Lobão, já havia afirmado que o governo poderia aumentar o mix assim que a produção de cana deslanchasse para níveis considerados adequados.
Nesta quinta, a União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica) informou que as usinas do Centro-Sul venderam 4,05% mais etanol de abril até 31 de dezembro de 2012, na comparação com igual período de 2011. O volume chegou a 16,84 bilhões de litros, sendo 2,88 bilhões de litros para exportação e 13,95 bilhões de litros para o mercado interno.
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Caso de dinheiro que teria sido desviado por Maluf gera ação de improbidade contra Kassab
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Gilberto Kassab (PSD), ex-prefeito de São Paulo
A Prefeitura de São Paulo e o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) são processados por contratar sem licitação um escritório estrangeiro de advocacia que já teria recebido R$ 9 milhões para atuar em um caso na Justiça de ilha de Jersey, na tentativa de repatriar cerca de R$ 44 milhões que teriam sido desviados pelo ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf (PP). A ação foi proposta no final de dezembro pela Fadesp (Federação das Associações dos Advogados do Estado de São Paulo), que acusa o prefeito de violar a Lei das Licitações (8666/93). Para a federação, o caso ainda incorreria em ato de improbidade administrativa, pois há indícios de que a prefeitura teria pago quase R$ 9 milhões, antecipadamente, em honorários advocatícios ao escritório. Se condenado por improbidade, Kassab poderá ter que ressarcir os cofres públicos pelos valores adiantados ao escritório de advocacia, e ter seus direitos políticos suspensos por até 10 anos. De acordo com a petição que a federação encaminhou à Justiça, ao não realizar a licitação, a prefeitura violou princípios que pretendem impedir “conluios inadmissíveis entre agentes governamentais e terceiros”. Leia mais no UOL.
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Mulheres preferem ter chefe homem, diz pesquisa
InfoMoney
No caso dos homens, 51% têm preferência por chefe mulher e 49% por chefe do sexo masculino.
Assistente pessoal
O estudo perguntou também sobre a preferência no caso de assistente pessoal. Entre as entrevistadas, 53% responderam que escolhem o sexo oposto.
Já os profissionais declararam que preferem as mulheres. A resposta foi indicada por 85%.
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Apesar de diferenças, chavistas devem manter união para evitar suicídio político
Em um eventual futuro sem Chávez, Maduro e Cabello - principais herdeiros políticos do chavismo - devem deixar diferenças de lado em nome do continuísmo, dizem analistas
A ausência de Hugo Chávez do poder por causa da difícil recuperação de sua quarta cirurgia relativa a um câncer levanta questões sobre como será o futuro da Venezuela, que há 14 anos é governada pelo mesmo presidente. Apesar de possuírem diferenças de origem política, os principais herdeiros do chavismo dentro do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) devem permanecer unidos para sobreviver politicamente mesmo sem a presença do líder cuja imagem traduz o movimento, segundo especialistas ouvidos pelo iG.
Sem Chávez: Dezenas de milhares marcam posse simbólica de Chávez nas ruas de Caracas
Opositor: 'Há rivalidades entre aliados de Chávez'
Reeleito em outubro, Chávez foi submetido a quatro cirurgias em 18 meses em decorrência de um câncer diagnosticado em 2011. Em dezembro, entretanto, ele apontou pela primeira seu vice, Nicolás Maduro, como potencial sucessor, colocando em dúvida seu retorno ao governo. Desde a complexa operação em 11 de dezembro, o governo tem fornecido boletins médicos pouco claros sobre o estado de saúde do líder venezuelano, que não aparece em público há mais de um mês.
O ministro das Comunicações e outras autoridades informaram que ele sofreu complicações durante o procedimento cirúrgico e tem uma infecção pulmonar. Desde a internação do presidente, o discurso entre seus aliados é de unidade, mas opositores do governo indicam que há uma disputa entre Maduro e o presidente da Assembleia Nacional do país, Diosdado Cabello.
Estado de saúde: Chávez sofreu complicações durante cirurgia, diz ministro
Conhecido por ter um perfil mais moderado e conciliador, o ex-motorista de ônibus Maduro faz parte da ala sindicalista do partido e é considerado o político mais próximo do presidente desde o diagnóstico do câncer. Ele continuará governando interinamente a Venezuela enquanto Chávez se recupera, conforme decisão da Suprema Corte que, na quarta-feira, considerou constitutional a decisão do Congresso de prorrogar a data da posse.
Saiba mais: Entenda o que Constituição venezuelana diz sobre a posse do presidente
Unidade
Apesar de representarem duas tendências distintas dentro do PSUV, o cientista político venezuelano Rafael Villa, da USP, aponta que do ponto de vista prático as diferenças de ideais entre Maduro e Cabello não são suficientes para provocar uma ruptura a curto ou médio prazo. Em longo prazo, porém, os riscos de cisão existem em qualquer organização política, ressalva.
Segundo Villa, as divergências podem vir à tona mais para frente no que se refere ao conteúdo de medidas do governo relacionadas, por exemplo, ao diálogo com setores de produção ou à defesa de uma aproximação ou afastamento em relação a algum parceiro estrangeiro. "A divisão, entretanto, não é um fato nesse momento. Esses grupos estão interessados em dar continuidade ao chavismo, essa é a meta fundamental deles", disse.
Cronologia: Veja os principais momentos da trajetória política de Hugo Chávez
Por seis meses: Brasil apoia prorrogação de prazo para Chávez assumir
A opinião é compartilhada por Leandro Area, do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Central da Venezuela. De acordo com o cientista político, sempre que uma figura política que garante a unidade deixa o poder, seus herdeiros tendem a tentar suprir esse vazio, o que geralmente provoca conflitos. Mas, no caso venezuelano, afirma que é pouco provável que os grupos de orientações distintas do PSUV desfaçam o conjunto mantido sob Chávez e criem novos partidos. "Seria uma tendência suicida. Um suicídio no poder", disse. "É preferível (para os aliados) que exista um chavismo sem Chávez, mas que exista um chavismo. Maduro e Cabello sabem disso."
Além do desejo de manter a unidade no poder, a própria situação delicada em que se encontra Chávez faz com que seus aliados protelem essas divergências, aponta Villa. O desafio atual é manter a governabilidade enquanto o presidente está doente. Outro fator que favorece a coesão é a popularidade que Chávez garantiu ao seu governo, graças aos programas sociais e a uma oposição fraca.
Oposição
A oposição da Venezuela, mesmo com o crescimento eleitoral em comparação há quatro anos, ainda não tem capital político para ocupar o espaço eventualmente deixado por Chávez, de acordo com os especialistas. A despeito do aumento da violência, da corrupção e da inflação em torno dos 20%, o governo venezuelano tem bases sociais fortalecidas. Segundo Villa, esse é o principal problema da oposição: falta de aderência nas camadas mais pobres da população.
Chavismo: Aliados de Chávez dominam eleições estaduais na Venezuela
Nas eleições regionais de dezembro, por exemplo, os chavistas foram eleitos em 20 dos 23 Estados do país. Henrique Capriles, candidato derrotado por Chávez na eleição presidencial, foi reeleito em Miranda, mas sua vitória foi por margem estreita: alcançou 50,35% dos votos sobre o rival chavista Elías Jaua. "O chavismo na Venezuela hoje em dia não é só uma força política. É uma força social", aponta Villa.
Area afirma que, caso haja um afastamento permanente de Chávez, a oposição enfrentará um obstáculo maior ainda: o de superar o vínculo afetivo criado entre o presidente e a população. Na quinta, nas ruas de Caracas, dezenas de milhares marcaram a posse simbólica do ausente Chávez, em mostra de apoio ao líder doente. "Se houver uma eleição em que se enfrentem Maduro ou Cabello contra Capriles, por exembro, é certo que a oposição voltaria a perder a eleição."
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Um professor evitou o que poderia ter se transformado em um novo massacre promovido por atirador em uma escola secundária nos Estados Unidos.
Segundo a polícia, um professor e um funcionário (que não tiveram os nomes revelados) do colégio Taft Union, na Califórnia, dialogaram com um aluno que entrou no local armado. Ele já havia disparado contra um estudante, mas foi convencido a baixar sua arma.
Policiais disseram ainda que o atirador tinha munição suficiente para "matar muitas pessoas".
NYT: Cai número de compradores de armas em Estados com ataques a tiros nos EUA
Leia também:Crianças de Newtown voltam às aulas depois de ataque
O estudante ferido foi levado para um hospital em estado crítico.
O ataque começou por volta das 9h (15h em Brasília), quando um aluno chegou na escola atrasado. Ele estava armado com uma espingarda.
Estudantes e funcionários telefonaram para a polícia, mas antes que a ajuda chegasse, o atirador disparou contra duas vítimas em uma sala de aula no setor de ciências da escola. Um dos tiros errou o alvo.
O professor foi atingido de raspão por um disparo e interveio. Segundo a imprensa americana, o educador teria dito ao suspeito que não admitiria um tiroteio em sua sala. O agressor então abaixou sua arma e foi preso por policiais.
Familiares dos alunos da escola, que fica a 190 quilômetros ao norte de Los Angeles, disseram que o atirador foi suspenso das aulas no ano passado.
Forças de segurança locais fizeram buscas nos arredores da escola em busca de comparsas do atirador ou eventuais novas vítimas.
Acesso a armas
O tiroteio ocorre cerca de um mês após o massacre da escola primária de Sandy Hook- no qual um rapaz assassinou 26 pessoas, entre alunos e professores.
O episódio desencadeou um debate nacional sobre a legislação que regula a compra e a posse de armas nos EUA. O vice-presidente Joe Biden, responsável por um grupo para analisar o tema, deve apresentar suas recomendações ao presidente Barack Obama até a próxima semana.
O colégio Taft Union ficará fechado nesta sexta-feira, mas disponibilizará funcionários para atender eventuais alunos preocupados.
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Sem Chávez: Dezenas de milhares marcam posse simbólica de Chávez nas ruas de Caracas
Opositor: 'Há rivalidades entre aliados de Chávez'
Reeleito em outubro, Chávez foi submetido a quatro cirurgias em 18 meses em decorrência de um câncer diagnosticado em 2011. Em dezembro, entretanto, ele apontou pela primeira seu vice, Nicolás Maduro, como potencial sucessor, colocando em dúvida seu retorno ao governo. Desde a complexa operação em 11 de dezembro, o governo tem fornecido boletins médicos pouco claros sobre o estado de saúde do líder venezuelano, que não aparece em público há mais de um mês.
O ministro das Comunicações e outras autoridades informaram que ele sofreu complicações durante o procedimento cirúrgico e tem uma infecção pulmonar. Desde a internação do presidente, o discurso entre seus aliados é de unidade, mas opositores do governo indicam que há uma disputa entre Maduro e o presidente da Assembleia Nacional do país, Diosdado Cabello.
Estado de saúde: Chávez sofreu complicações durante cirurgia, diz ministro
Conhecido por ter um perfil mais moderado e conciliador, o ex-motorista de ônibus Maduro faz parte da ala sindicalista do partido e é considerado o político mais próximo do presidente desde o diagnóstico do câncer. Ele continuará governando interinamente a Venezuela enquanto Chávez se recupera, conforme decisão da Suprema Corte que, na quarta-feira, considerou constitutional a decisão do Congresso de prorrogar a data da posse.
Saiba mais: Entenda o que Constituição venezuelana diz sobre a posse do presidente
Outro importante herdeiro político de Chávez é Cabello. Ex-militar, ex-governador e ex-ministro, é considerado parte de uma corrente mais linha dura do partido e possui fama de intransigente. Em comparação com Maduro, possui menos contato com Cuba, que tem no governo venezuelano um importante parceiro econômico.
Apesar de representarem duas tendências distintas dentro do PSUV, o cientista político venezuelano Rafael Villa, da USP, aponta que do ponto de vista prático as diferenças de ideais entre Maduro e Cabello não são suficientes para provocar uma ruptura a curto ou médio prazo. Em longo prazo, porém, os riscos de cisão existem em qualquer organização política, ressalva.
Segundo Villa, as divergências podem vir à tona mais para frente no que se refere ao conteúdo de medidas do governo relacionadas, por exemplo, ao diálogo com setores de produção ou à defesa de uma aproximação ou afastamento em relação a algum parceiro estrangeiro. "A divisão, entretanto, não é um fato nesse momento. Esses grupos estão interessados em dar continuidade ao chavismo, essa é a meta fundamental deles", disse.
Cronologia: Veja os principais momentos da trajetória política de Hugo Chávez
Por seis meses: Brasil apoia prorrogação de prazo para Chávez assumir
A opinião é compartilhada por Leandro Area, do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Central da Venezuela. De acordo com o cientista político, sempre que uma figura política que garante a unidade deixa o poder, seus herdeiros tendem a tentar suprir esse vazio, o que geralmente provoca conflitos. Mas, no caso venezuelano, afirma que é pouco provável que os grupos de orientações distintas do PSUV desfaçam o conjunto mantido sob Chávez e criem novos partidos. "Seria uma tendência suicida. Um suicídio no poder", disse. "É preferível (para os aliados) que exista um chavismo sem Chávez, mas que exista um chavismo. Maduro e Cabello sabem disso."
Além do desejo de manter a unidade no poder, a própria situação delicada em que se encontra Chávez faz com que seus aliados protelem essas divergências, aponta Villa. O desafio atual é manter a governabilidade enquanto o presidente está doente. Outro fator que favorece a coesão é a popularidade que Chávez garantiu ao seu governo, graças aos programas sociais e a uma oposição fraca.
Oposição
A oposição da Venezuela, mesmo com o crescimento eleitoral em comparação há quatro anos, ainda não tem capital político para ocupar o espaço eventualmente deixado por Chávez, de acordo com os especialistas. A despeito do aumento da violência, da corrupção e da inflação em torno dos 20%, o governo venezuelano tem bases sociais fortalecidas. Segundo Villa, esse é o principal problema da oposição: falta de aderência nas camadas mais pobres da população.
Chavismo: Aliados de Chávez dominam eleições estaduais na Venezuela
Nas eleições regionais de dezembro, por exemplo, os chavistas foram eleitos em 20 dos 23 Estados do país. Henrique Capriles, candidato derrotado por Chávez na eleição presidencial, foi reeleito em Miranda, mas sua vitória foi por margem estreita: alcançou 50,35% dos votos sobre o rival chavista Elías Jaua. "O chavismo na Venezuela hoje em dia não é só uma força política. É uma força social", aponta Villa.
Area afirma que, caso haja um afastamento permanente de Chávez, a oposição enfrentará um obstáculo maior ainda: o de superar o vínculo afetivo criado entre o presidente e a população. Na quinta, nas ruas de Caracas, dezenas de milhares marcaram a posse simbólica do ausente Chávez, em mostra de apoio ao líder doente. "Se houver uma eleição em que se enfrentem Maduro ou Cabello contra Capriles, por exembro, é certo que a oposição voltaria a perder a eleição."
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Professor evita novo massacre em escola dos EUA
Estudante portava espingarda com munição suficiente para "matar muitas pessoas", segundo a polícia. Aluno foi convencido a baixar sua arma após dialogar com professor e
Um professor evitou o que poderia ter se transformado em um novo massacre promovido por atirador em uma escola secundária nos Estados Unidos.
Segundo a polícia, um professor e um funcionário (que não tiveram os nomes revelados) do colégio Taft Union, na Califórnia, dialogaram com um aluno que entrou no local armado. Ele já havia disparado contra um estudante, mas foi convencido a baixar sua arma.
Policiais disseram ainda que o atirador tinha munição suficiente para "matar muitas pessoas".
NYT: Cai número de compradores de armas em Estados com ataques a tiros nos EUA
Leia também:Crianças de Newtown voltam às aulas depois de ataque
O estudante ferido foi levado para um hospital em estado crítico.
O ataque começou por volta das 9h (15h em Brasília), quando um aluno chegou na escola atrasado. Ele estava armado com uma espingarda.
Estudantes e funcionários telefonaram para a polícia, mas antes que a ajuda chegasse, o atirador disparou contra duas vítimas em uma sala de aula no setor de ciências da escola. Um dos tiros errou o alvo.
O professor foi atingido de raspão por um disparo e interveio. Segundo a imprensa americana, o educador teria dito ao suspeito que não admitiria um tiroteio em sua sala. O agressor então abaixou sua arma e foi preso por policiais.
Familiares dos alunos da escola, que fica a 190 quilômetros ao norte de Los Angeles, disseram que o atirador foi suspenso das aulas no ano passado.
Forças de segurança locais fizeram buscas nos arredores da escola em busca de comparsas do atirador ou eventuais novas vítimas.
Acesso a armas
O tiroteio ocorre cerca de um mês após o massacre da escola primária de Sandy Hook- no qual um rapaz assassinou 26 pessoas, entre alunos e professores.
O episódio desencadeou um debate nacional sobre a legislação que regula a compra e a posse de armas nos EUA. O vice-presidente Joe Biden, responsável por um grupo para analisar o tema, deve apresentar suas recomendações ao presidente Barack Obama até a próxima semana.
O colégio Taft Union ficará fechado nesta sexta-feira, mas disponibilizará funcionários para atender eventuais alunos preocupados.
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Explosões deixam 81 mortos em sala de bilhar em Quetta, Paquistão
Bombas também ferem mais de 120 pessoas no local. No total, violência desta quinta em Quetta e na Província do Swat deixa total de 115 mortos no país
Duas explosão deixaram ao menos 81 mortos e mais de 120 feridos em uma sala de bilhar em Quetta, capital da Província paquistanesa de Baluquistão. De acordo com o policial Hamid Shakeel, as bombas explodiram com uma diferença de cinco minutos entre si.
Tensão com o rival: Soldado do Paquistão morre por disparos de militares da Índia
Drone: Avião não tripulado dos EUA mata militantes no Paquistão
Segundo o policial Mohammed Murtaza, muitas das vítimas são muçulmanas xiitas e morreram ou ficaram feridas quando a segunda bomba fez o prédio entrar em colapso. Neste ano, muçulmanos sunitas radicais aumentaram seus ataques no Baluquistão contra os xiitas, que consideram hereges.
Previamente aos ataques na sala de bilhar, uma bomba que tinha como alvo uma viatura policial deixou 12 mortos e mais de 40 feridos em um mercado de Quetta. Um porta-voz do grupo militante Exército Unido Balúchi disse ter lançado o ataque.
O grupo é um dos vários que lutam pela independência do Baluquistão, uma região empobrecida e árida com reservas importantes de gás, cobre e ouro. A área responde por pouco menos de metade do território paquistanês e abriga cerca de 8 milhões dos 180 milhões de habitantes do país.
Malala Yousafzai: Menina paquistanesa atacada pelo Taleban deixa hospital britânico
O movimento radical islâmico Taleban e grupos armados que o apoiam também realizaram ataques na província, particularmente em áreas perto da fronteira afegã.
Ataque na Província de Swat
Também nesta quinta, outra explosão deixou 22 mortos e mais de 70 feridos durante uma reunião em que um líder religioso discursaria em Mingora, a maior cidade da Província de Swat, no noroeste, disseram a polícia e funcionários do hospital Saidu Sharif.
"O número de mortos pode subir, já que alguns feridos estão em condições críticas e estamos recebendo cada vez mais gente ferida", disse o Dr. Niaz Mohammad.
O último ataque militante a provocar tantas mortes em Swat aconteceu há mais de dois anos. A região montanhosa, anteriormente um destino turístico, vem sendo administrada pelo Exército paquistanês desde uma ofensiva de 2009 que expulsou militantes do Taleban que tinham assumido o controle local.
Mas a milícia islâmica manteve a capacidade de lançar ataques em Swat e disparou contra a estudante ativista Malala Yousufzai em Mingora em outubro.
*Com AP, BBC e Reuters
Tensão com o rival: Soldado do Paquistão morre por disparos de militares da Índia
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Segundo o policial Mohammed Murtaza, muitas das vítimas são muçulmanas xiitas e morreram ou ficaram feridas quando a segunda bomba fez o prédio entrar em colapso. Neste ano, muçulmanos sunitas radicais aumentaram seus ataques no Baluquistão contra os xiitas, que consideram hereges.
Previamente aos ataques na sala de bilhar, uma bomba que tinha como alvo uma viatura policial deixou 12 mortos e mais de 40 feridos em um mercado de Quetta. Um porta-voz do grupo militante Exército Unido Balúchi disse ter lançado o ataque.
O grupo é um dos vários que lutam pela independência do Baluquistão, uma região empobrecida e árida com reservas importantes de gás, cobre e ouro. A área responde por pouco menos de metade do território paquistanês e abriga cerca de 8 milhões dos 180 milhões de habitantes do país.
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O movimento radical islâmico Taleban e grupos armados que o apoiam também realizaram ataques na província, particularmente em áreas perto da fronteira afegã.
Ataque na Província de Swat
Também nesta quinta, outra explosão deixou 22 mortos e mais de 70 feridos durante uma reunião em que um líder religioso discursaria em Mingora, a maior cidade da Província de Swat, no noroeste, disseram a polícia e funcionários do hospital Saidu Sharif.
"O número de mortos pode subir, já que alguns feridos estão em condições críticas e estamos recebendo cada vez mais gente ferida", disse o Dr. Niaz Mohammad.
O último ataque militante a provocar tantas mortes em Swat aconteceu há mais de dois anos. A região montanhosa, anteriormente um destino turístico, vem sendo administrada pelo Exército paquistanês desde uma ofensiva de 2009 que expulsou militantes do Taleban que tinham assumido o controle local.
Mas a milícia islâmica manteve a capacidade de lançar ataques em Swat e disparou contra a estudante ativista Malala Yousufzai em Mingora em outubro.
*Com AP, BBC e Reuters
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