Pular para o conteúdo principal

Viva Tio Sam!

Por Genaldo de Melo

A liberdade de imprensa deveria ser um dos bens mais preciosos de qualquer nação democrática, especialmente aquelas que bradam aos quatro canto do mundo que a própria liberdade é o seu mais precioso bem. Quem não deve nada a ninguém não deve também temer que paladinos da opinião pública repassem as informações que a sociedade tem o direito de saber.

Mas parece que o bom moço que acaba de assumir seu segundo mandato como presidente da nação mais impetuosa do mundo não quer compreender que o repasse de determinadas informações sobre crimes de guerra devem ser socializadas para o bem da própria civilização humana. Pois não se pode achar que os reles mortais não tenham o direito de saber informações, especialmente quando se trata de crimes hediondos como os crimes de guerra.

Não se pode e não se deve compreender como os Estados Unidos da América nunca procurou julgar criminosos de guerra do Governo Bush e coloca em situação de desumanidade total o soldado Bradley Manning somente porque ele entregou documentos tidos como secretos ao blogueiro do Wikileaks, Julian Assange, e este naturalmente como formador de opinião não fez mais do que sua obrigação, simplesmente publicou-os.

Ora se o soldado cometeu um crime que o julgue dentro das condições e da lei e não o coloque como muita gente está repassando também a informação de o mesmo está literalmente enjaulado num espaço de dois metros e meio acorrentado como se fosse literalmente um animal. Isso se caracteriza como a pior desgraça do governo de Obama que reconhecidamente é mais limpo e mais democrático do que aquele outro anterior que somente pensava em guerra e em desumanidades como o resto do mundo.

Parece que essa nação somente pensa em guerras e outras coisas mais que o resto do mundo abomina. Quando alguém com sangue no olho demonstra a realidade como ela é, pronto, é preso e de repassador de informações passa a ser o criminoso. Agora os jornalistas do stablishment que deveriam cumprir com o papel de denunciar esse erros de governos anteriores fazem é "facilitar" para o atual governo em cada passo desse caminho de tratar o soldado com sangue no olho como um animal. Apesar da pretensão de aparecer como vigilantes, nada mais provoca o ânimo de alguém que desafia realmente as ações do governo.

É gente, são os Estados Unidos da América e o seu bom presidente da República de Tio Sam!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LITERATURA

 

A cada dia aumenta o número de pré-candidatos em Feira de Santana, agora é Dilton Coutinho

Por Genaldo de Melo Mais um nome entra na fogueira das discussões e cogitações para ser candidato ao Paço Municipal em Feira de Santana, e o assunto não deixa de ser cogitado hoje em rodas de conversas, jornais, sites e blogs, além do mundo política da cidade. Dessa vez surge como candidato o radialista Dilton Coutinho, nome bastante conhecido nos meios de comunicação local. Ontem em entrevista no seu programa Acorda Cidade na rádio Sociedade de Feira FM o deputado federal Fernando Torres (PSD) disse ser pré-candidato a prefeito, mas caso Dilton resolva ser do mesmo modo, ele oferece seu partido para abrigar o comunicador como candidato: “Eu sou pré-candidato a prefeito de Feira de Santana, mas se você for Dilton Coutinho eu abro mão. O PSD está a sua disposição amigo Dilton Coutinho”, disse Fernando Torres, presidente do PSD no município. Do mesmo modo a discussão apareceu ontem na Câmara de Vereadores pela vereadora Eremita Mota (PDT e pelo vereador David Neto (PTN).

A verdade sobre o esvaziamento das palavras golpe e "Fora Temer"

Por Genaldo de Melo Com a falta de povo nas ruas a mídia trabalha constantemente o esvaziamento do sentido real da palavra "golpe" que está acontecendo de fato.  A palavra "golpe" repete-se, repete-se, e repete-se como um mantra que perdeu o significado.  Num momento tão crucial como este, em que o projeto de governo eleito pelo voto democrático está sendo trocado por outro completamente diferente e que não passou pelo crivo das urnas, substituíram as grandes mobilizações de massa pela ação individual alegórica, pois se pulverizou a indignação popular apenas na palavra “golpe” nas redes sociais e em cartazes.  É impossível não notar que isso ocorre ao mesmo tempo em que a tradicional mídia jornalística trocou a aguerrida cobertura dos acontecimentos econômicos e políticos por um atual tom de meras trivialidades.  Quem acompanha o noticiário político e econômico não deixou de perceber que a mesma indignação que impulsiona inúmeras matérias jornalísti...