Por Genaldo de Melo

A imprensa tradicional brasileira politizou-se definitivamente nos últimos anos e não pode ficar reclamando daquilo que ela mesma contribuiu para que acontecesse, como é a grita da Folha de São Paulo agora contra o engomadinho prefeito da capital paulista, João Dórea, que resolveu que pode ser Presidente da República. Soa efetivamente a falsidade querer desmascarar quem já deixou a máscara cair no primeiro baile.
Em São Paulo tudo caminhava muito bem quando Haddad era prefeito e foi a própria Folha de São Paulo quem mais contribuiu para convencer formadores de opinião, principalmente da classe média que tem condições de comprar jornais impressos, de que São Paulo precisava ser governada por um sujeito que não fosse político, mas gestor.
Foi um engodo planejado politicamente para seguir a eterna cantilena de tirar o PT do poder, e tem que ser muito limitado intelectualmente para ser contrário a tese. E agora depois de oito meses como prefeito da capital paulista, João Dórea, mostra seu veneno de cobra como político, inclusive traindo descaradamente seu principal mentor político, exatamente aquele que lhe deu a oportunidade da disputa eleitoral para está na condição que está.
A Folha deveria pelo menos respeitar seus leitores com esse discurso torto e assumir sua parcela de culpa do que aconteceu com São Paulo. Pois não existe essa coisa de governar sem ser político. Não existe esse negócio de governar fazendo a gestão como empresa particular, porque política é outra coisa, e João Dórea mordido pela mosca azul está provando isso na prática a todos.
Para desespero dos paulistanos que tem uma cidade abandonada por um prefeito que fala que no mundo moderno pode-se governar por telefone (deixando semáforos sem funcionar, ruas e avenidas esburacadas, praças e parques sem zelo e outras mazelas mais), e para desespero de Geraldo Alckmin que sonha doentiamente em ser o candidato tucano à Presidência da República em 2018, quem está fazendo política de jatinho emprestado pelo Brasil afora, é o "político" João Dórea.
Nesses últimos dias ele já esteve em Salvador para receber título de cidadão, sem nunca ter feito nada pela capital baiana (mesmo levando ovada na cara), já esteve ovacionado em Palmas, capital do Tocantins, já esteve em Natal na mesma condição para título de cidadão sem nunca ter prestado nenhum tido de serviço à cidade, e somente não esteve em Teresina, no Piauí, porque os vereadores de lá respeitaram a cidade e não deram o mesmo título a um homem desconhecido pela população local.
Para quem acreditou no produto político estragado comercializado pela imprensa, principalmente pela Folha de São Paulo, que agora descobriu que ele não tem nada de gestor porque não sabe administrar a capital paulista, é bom começar a pensar melhor nas propagandas enganosas que vem por aí, principalmente de João Dórea que em vez de governar faz exercício de brutalidade pública, joga fora flores que recebe com carinho, joga água gelada em moradores de rua, e literalmente assumiu a condição de assessor de comunicação do ódio contra tudo aquilo que pode tirar a possibilidade que ele pensa de ser Presidente da República.
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