Por Genaldo de Melo

Uma nova modalidade de safadeza está acontecendo no mundo político no Brasil, e poucas pessoas estão atentas para isso por causa do forte ingrediente do personalismo na política. São os partidos políticos que para limpar a sujeira de suas roupas velhas, para fazer com que os cidadãos pensem que não estão votando mais em partidos fisiologistas e recheados de corruptos, estão mudando de denominação.
Ao tentar demonizar os partidos políticos de esquerda, especialmente o PT, para tirar do poder os grupos políticos mais alinhados com a população como um todo, e não com apenas 1% dos mais ricos do país, a imprensa tradicional não avaliou corretamente que o que estava fazendo era exatamente despir politicamente os partidos políticos conhecidos por existirem pautados na sujeira que a própria política proporciona aos menos sérios.
E o que aconteceu todo sabe muito bem, pois apesar de se ter derrotado o próprio PT nas últimas eleições municipais, fez com esse partido começasse de novo a crescer e outros partidos conhecidos da direita brasileira começassem a regredir, a diminuir de tamanho. E aí não teve saída a não ser começar a mudar de nome.
Pensam os dirigentes desses partidos que imitando as marcas de produtos que ocupam o mercado, e quando perdem espaço criam outra denominação e logomarca e logo voltam a ganhar de novo espaço, seus partidos podem seguir a mesma linha que tudo pode ser resolvido. O problema é a grande parcela da população que não vota em marca, a não ser os eleitores carimbados do PT e do PSDB, partidos com linhas ideológicas bem definidas na mentalidade dos brasileiros.
Mas como alguns políticos brasileiros com mandatos trabalham politicamente levando em consideração que o eleitor brasileiro é ignorante, começaram a colocar em prática tal conceito de mercado em seus partidos políticos. Então já estão aí na praça para o consumo novos produtos políticos, que são os partidos Livres, Podemos, Avante, Patriota e Mude. Ninguém sabe dizer ainda é se isso vai ter algum efeito político, já que a grande maioria dos cidadãos não vota realmente em partidos, mas em nomes e em processos claramente sensacionalistas.
Interessante é que o novo Livres não passa de um produto antigo criado há 22 anos atrás com o nome de PSL (Partido Social Liberal); o novo Podemos que já levou o famoso vira-folha Romário e o Senador Álvaro Dias, é o antigo PTN (Partido Trabalhista Nacional), criado em 1997; o partido Avante é o antigo PTdoB (Partido Trabalhista do Brasil), criado em 1994; o agora famoso partido de Bolsonaro é o Patriota, antigo Partido Ecológico Nacional; e para melhorar a imagem pública o DEM (grupo político mais antigo de todos, que já mudou quatro vezes de nome, criado em 1965) pelo visto vai ser chamado de Mude (Movimento de Unidade Democrática).
Pelo visto as velhas aves de rapina querem se passar de novos produtos de consumo da “novíssima política” brasileira, e enganar de novo os cidadãos com discursos talvez novos, mas a prática todo sabe como será, porque serpente venenosa não deixa de morder! E vida que segue!
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