Por Genaldo de Melo
Na polarização política e eleitoral entre o PT e o PSDB existia uma certeza latente, mesmo o PT vencendo em todas as quatro últimas eleições os tucanos, ambos sempre mantiveram a narrativa no país da polarização, e as demais forças políticas funcionavam sempre como forças de apoio, e em alguns casos como satélites insignificantes (principalmente partidos de aluguel em Estados governados pelo PSDB).
Porém num grave erro cometido pelos tucanos, a polarização política que ainda poderia ser a esperança para que algum dia o PSDB voltasse ao poder, o sonho praticamente acabou, tanto que quem está polarizando com Lula nas pesquisas é o candidato que nem mesmo a direita brasileira que vê-lo pintado, que é Bolsonaro (mesmo que rumores do mundo político digam que todo esse barulho dele é pra ser vice de alguém).
Os métodos convencionais da política tradicional e de como ela funciona na prática no Brasil, aonde quem perde faz oposição política no campo do respeito e da apresentação de propostas contrárias a quem governa, para convencer para um provável retorno ao poder, foi jogado por terra pelo PSDB, que não soube perder durante tanto tempo e partiu para o desespero de apunhalar a democracia, sem medir as conseqüências do seu ato. O culpado pelo golpe de Estado, e pela grave crise política que enfrentamos segundo todas as pesquisas tem nome, chama-se PSDB.
Prova disso é que a última pesquisa DataPoder360 mostra que em agosto a rejeição ao PT diminuiu 7 pontos percentuais e ficou menor do que o percentual negativo atribuído ao PSDB. Em julho, 56% dos eleitores não votariam de jeito nenhum em candidatos petistas. Neste mês, o percentual caiu para 49%, enquanto a rejeição aos tucanos é de 54% – em julho, era de 51%. O PSDB tem o voto cativo de 4%, que dizem que votariam hoje com certeza em candidatos tucanos. O eleitorado fiel do PT é 5 vezes maior: 21% afirmam que votariam com certeza em petistas.
Ou seja, no momento em que não aceitou os resultados das urnas democraticamente e levou ao Palácio do Planalto uma múmia política, envolvida em diversos crimes políticos, principalmente corrupção passiva comprovada, o PSDB cavou literalmente falando sua própria cova.
E pode ser muito difícil de novo se levantar com o que tem: Aécio Neves nem aparece mais nas pesquisas, Alckmin não avança comprovadamente, e o pupilo João Dórea já começa a se desgastar politicamente abandonando a capital paulistana em busca de uma aventura. Bom lembrar que títulos acadêmicos e títulos de cidadania não elegeram ninguém no Brasil nas últimas quatro eleições presidenciais!
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