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Renato Rabelo: Apolônio de Carvalho, internacionalista completo

Existem questões que merecem toda atenção de nossa parte. Uma delas é o estudo da razão (ou das razões) de um movimento -- como o da luta pelo socialismo -- sobreviver há mais de 150 anos, apesar da mão implacável de inimigos com o poder, inclusive, de acabar com a vida humana em questão de minutos.


Evidente que a justeza histórica de nossas ideias sempre fizeram a diferença. Mas existe o tal papel do indivíduo na história. Inegável. E como nosso movimento gerou indivíduos espetaculares, capazes de transformá-los qualitativamente, a partir do contato com o coletivo e com as ideias avançadas.

Apolônio de Carvalho, que faria 100 anos no dia nove último é um deles. Oficial do Exército Brasileiro, presente na fundação da Aliança Nacional Libertadora (ANL) em 1935. Levou às últimas consequências sua paixão pela transformação social. Exemplo completo de internacionalismo seja como comandante de unidades militares nas Brigadas Internacionais – que atuaram na Guerra Civil Espanhola contra os fascistas de Francisco Franco – até à Resistência Francesa contra a ocupação nazista, onde esteve à frente da libertação das cidades de Carmaux, Albi e Toulouse. Ainda na França foi condecorado com a chamada Legião de Honra por serviços prestados à libertação daquele país.

Entre idas e vindas de sua intensa militância não titubeou em adentrar de corpo e alma na resistência clandestina à ditadura militar instaurada no Brasil. Exilado forçosamente, volta ao seu país e tem participação ativa na fundação do Partido dos Trabalhadores.

Faleceu em 2005 com as mesmas convicções que o levaram a trocar uma tranquila vida de oficial do Exército pelo campo aberto da luta do povo.

Fonte: Vermelho

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